Brasileira favorita ao ouro no boxe vence e vai às quartas em Tóquio

Beatriz Ferreira superou taiwanesa em decisão unânime e está a uma luta de conseguir pelo menos a medalha de bronze

Olimpíadas|Gabriel Croquer, do R7

30/07/2021 - 05h21 (Atualizado em 20/04/2024 - 07h40)

A pugilista Beatriz Ferreira avançou nesta sexta-feira (30) às quartas de final do boxe nas Olimpíadas de Tóquio 2020 após vencer a taiwanesa Shih-Yi Wu por 3 rounds a 0, em decisão unânime. A brasileira, franca favorita ao título olímpico, agora enfrentará a uzbeque Raykhona Kodirova na próxima terça-feira (3), às 5h (horário de Brasília).

Depois de um ciclo olímpico brilhante que envolveu a conquista do Mundial e do Pan-Americano de 2019, a boxeadora se tornou a nº1 do ranking mundial e chegou para sua estreia nesta sexta como a adversária a ser batida na categoria até 60 kg.

Caso vença o próximo duelo, Beatriz assegura ao menos a medalha de bronze no boxe na semifinal. Além dela, outros dois boxeadores do Time Brasil estão na mesma situação: Abner Teixeira (91kg), Hebert Conceição (75kg). Keno Marley (81kg) perdeu nesta etapa e foi eliminado.

Entre eles, Abner lutará ainda nesta sexta nas quartas, às 7h39, contra Hussein Eishaish, da Jordânia. O duelo de Hebert está marcado para o domingo, às 6h18, contra Abilkhan Amankul, do Cazaquistão.

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No sábado (31), às 6h18, Wanderson Oliveira, da categoria até 63 kg, fará sua estreia contra o bielorrusso Dzmitry Asanau, em luta válida pelas oitavas de finais.

Campeã mundial de boxe! Confira sete curiosidades de Beatriz Ferreira

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Primeira brasileira a ser campeã mundial de boxe - Uma das grandes estrelas do boxe mundial, a lutadora foi a primeira boxeadora da história a ser campeã mundial. Ela conquistou o feito após vencer a chinesa Cong Wang, no Campeonato Mundial de Boxe Feminino da Rússia. Antes, ela ainda havia sido campeã no Pan-Americano de 2019, realizado em Lima

Favorita em sua categoria - Por causa de suas mais recentes lutas e os dois grandes títulos em 2019, a brasileira é a 1ª do ranking até 60Kg e favorita ao ouro olímpico. Um grande detalhe é que ela nunca participou de um evento multiesportivo global, como os Jogos Olímpicos

3°sargento da Marinha do Brasil - Assim como grande parte dos atletas olímpicos, a boxeadora tem uma função militar, no caso na Marinha. Assim, caso tivéssemos uma guerra, poderíamos ver a boxeadora nos campos de batalha

Durante este tempo, Beatriz participou dos Jogos Abertos do Interior, torneio que não é chancelado pela AIBA, mas que conta com grandes lutadores. O alto nível dos adversários, no entanto, não foi o bastante para Beatriz, que venceu em 2014 e em 2015. Neste torneio, ela foi descoberta pelos treinadores da seleção brasileira

Cartel impecável - Uma ótima lutadora, a boxeadora tem um cartel de 33 vitórias e cinco derrotas. Com esse talento, ela já conquistou 10 títulos na carreira. Em 2019, conseguiu 24 pódios em 25 competições, sendo a melhor lutadora do Campeonato Mundial e “atleta do ano” de 2019 na cerimônia de fim de ano do Comitê Olímpico Brasileiro

Paixão pelo boxe - Filha do ex-lutador Raimundo Ferreira, conhecido como Sergipe, bicampeão brasileiro e tricampeão baiano entre 1990 e 2000, a boxeadora começou a treinar desde cedo, e chegou a dar aulas com 15 anos

Coração mole - Temida pelas adversarias dentro dos ringues, Beatriz é uma pessoa sorridente fora das lutas. Em suas redes sociais, perto de seus amigos e seus pets, a lutadora mostra ser uma pessoa alegre, que deixa os golpes para as oponentes apenas nos torneios

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