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Basquete brasileiro lembra 'doçura e grandeza' do pivô Gerson Victalino

Ex-jogador, que morreu nesta quarta-feira, parou grandes nomes da NBA em Copas do Mundo, Olimpíadas e, principalmente, no Pan-Americano de 1987

Olimpíadas|Do R7

Rebote era uma das armas de Gerson
Rebote era uma das armas de Gerson

Quando Gerson Victalino e o então futuro astro da NBA, David Robinson, ficaram frente a frente para a final do basquete pan-americano, em Indianápolis 1987, pouca gente poderia acreditar que o Brasil poderia vencer os Estados Unidos. Pois foi na 'doçura e grandeza' do pivô que morreu nesta quarta-feira (29), com a cestas precisas de Oscar Schmidt e Marcel de Souza, que o time verde-amarelo impôs a primeira derrota aos adversários em casa e ficou com a medalha de ouro.

Robinson, depois campeão com o San Antonio Spurs, ganhou o bola ao alto e rapidamente os EUA foram abrindo frente. Já experiente, Gerson e companhia demoraram três quartos para se impor na partida e fazer valer um estilo de jogo inovador para a época: rebote (muitos com Gerson), contra-ataque rápido e arremesso de três pontos. No final, 120 a 115 para o time verde-amarelo mas, mais do que isso, a história sendo escrita nas belas páginas do basquete nacional. Por isso, tamanha comoção na comunidade da bola laranja.

Oscar, símbolo da geração, não atendeu às ligações, mas mandou sua mensagem pelas redes sociais. “Ele era um jogador único, que fazia uma dupla infalível com Israel, e tinha uma capacidade impressionante de jogar em equipe.

Guerrinha, armador daquele time, escreveu: “Grande companheiro e irmão de grandes guerras”. “Agradeço por tudo que ele fez pelo basquete”, completou o ex-técnico da seleção Miguel Ângelo da Luz.


“Meus sentimentos”, escreveu a ex-jogadora Magic Paula, que foi completada pela irmã Branca: “Gerson tinha a doçura e o tamanho de sua estatura”.

A CBB (Confederação Brasileira de Basquete) lembrou outros grandes feitos daquele que veio a se tornar o jogador que mais vezes vestiu a camisa da seleção, com três participações em Olimpíadas (Los Angeles 1984, Seul 1988 e Barcelona 1992). O ex-atleta defendeu Monte Líbano-SP, Corinthians, Lençóis Paulista-SP, Jales-SP, Manresa (Espanha), Sport e Remo, time pelo qual se aposentou em 2002.


Além dos americanos no Pan de 87, Gerson também teve pela frente outros gigantes da história do basquete. Os lendários pivôs Arvydas Sabonis, da antiga União Soviética, e Patrick Ewing, dos Estados Unidos, foram alguns dos que sofreram com o brasileiro dentro do garrafão de quadras olímpicas.

Gerson também fazia parte do time brasileiro que terminou com a quarta colocação na Copa do Mundo de Basquete, em 1986. Naquela oportunidade, a equipe perdeu o bronze para a Iugoslávia, de Drazen Petrovic e Vlade Divac.


“É com grande pesar que informamos o falecimento do gigante Gerson Victalino. Campeão do Pan de Indianápolis com o Brasil em 1987, Gerson foi o jogador que mais vezes vestiu a camisa da seleção brasileira. Nosso eterno agradecimento e pêsames por sua partida. Força à família", escreveu a entidade”, escreveu a CBB.

Gerson morreu na madrugada desta quarta, aos 60 anos, em Minas Gerais, vítima da Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), adversário mais difícil que já enfrentou.

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