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Australiana faz dancinhas malucas no breakdance olímpico e é comparada a Homer Simpson

Raygun virou piada nas redes sociais, mas também recebeu apoio por mostrar um estilo livre e por levar ter coragem de ser diferente

Olimpíadas|Do Estadão Conteúdo


A breakdancer Raygun, da Austrália Reprodução/Instagram @raygun_aus

A curiosidade sobre o breakdance, modalidade que integrou o programa olímpico dos Jogos de Paris-2024,, foi sanada assim que as disputas aconteceram. O que chamou atenção, porém, foi o desempenho da australiana Raygun. Após sua apresentação, ela foi chamada por “mãe”, “tia” e até comparada com o personagem Homer Simpson nas redes sociais.

Raygun é o nome de b-girl (competidora do breakdance) de Rachel Gunn. Ela foi representante da Austrália nos Mundiais da modalidade entre 2021 e 2023. Além disso, a dançarina também é professora da Universidade Macquarie, em Sydney, e tem doutorado em estudos culturais, analisando justamente a política cultural e de gênero do break.

Raygun é a 4ª colocada no ranking mundial da World DanceSport. À frente dela, está uma das adversárias, Nicka, em 3º lugar na classificação e que foi prata na capital francesa.

Entre as críticas que recebeu em Paris, até mesmo o uso do uniforme do time da Austrália, e não o mais comum, que é o de streetwear, foi citado. Raygun desdenhou deste ponto. Sobre os memes quanto à sua performance, ela comentou no Instagram: “Não tenha medo de ser diferente, vá lá e se represente, você nunca sabe aonde isso vai te levar”.


Até mesmo nas suas publicações há piadas contra ela. “Não dê ouvidos a eles, Raygun. Eu também não sei dançar breakdance”, diz um comentário.

MOVIMENTOS LIVRES


Uma das críticas tem fundamento em apontar que Raygun pratica o breakdance há anos, garantiu a classificação, mas não demonstrou nível para competir. Não há como definir, porém, como a modalidade funciona em termos de movimentos, já que a dança parte da liberdade de expressão própria. Entre o pódio feminino, por exemplo, composto pela japonesa Ami (ouro), Nicka (prata) e a chinesa 671 (bronze), há sequências mais dinâmicas e movimentos aéreos.

Já Raygun focou em outra linha, sem necessariamente desafiar as adversárias no mesmo estilo, mas com movimentos próprios. “Eu nunca ganharia destas garotas com o que elas têm de melhor, a dinâmica e os fortes movimentos. Então eu quis fazer diferente, ser artística e criativa, porque quantas vezes eu vou ter a chance na vida de fazer isso ao nível internacional?”, explicou.


O próprio Comitê Olímpico Internacional (COI) entende que a promoção de integração e diversidade dos Jogos Olímpicos acarreta situações em que alguns atletas estão níveis muito acima de outros. Ainda assim, Raygun conseguiu participar de torneios que lhe garantiram a vaga na qualificação.

“MUITO GRATA”

A vaga da australiana se deu por ela vencer o Campeonato de Breaking da Oceania, em 2023. No ranking de classificação para a Olimpíada, ela foi a 22ª. O estilo e o desempenho que ela apresentou em Paris não foram suficientes para avançar, mas fez com que ela representasse sua região.

“Foi uma experiência incrível. Que palco, que arena, que plateia. A música estava ótima. Eu estou muito grata pela oportunidade”, disse ao Yahoo Sports.

“FAÇO MINHA PARTE”

“Todos os meus movimentos são originais. Criatividade é realmente importante para mim. Eu vou lá e mostro minha arte. Às vezes, comunica para os jurados. Às vezes, não. Eu faço minha parte, e isso representa minha arte. É sobre isso”, refletiu.

Entre os b-boys, o ouro ficou com o canadense Phil Wizard. A prata, com o francês Dany Dann. E o bronze, com o norte-americano Victor. O breakdance teve caráter suplementar na Olimpíada de Paris e não deve integrar o programa olímpico de Los Angeles, em 2028.

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