Após a Olimpíada, quem passou no 'vestibular' para a Copa de 2022?
Atletas como Daniel Alves, Bruno Guimarães e Richarlison viam os Jogos Olímpicos como oportunidade para ganhar moral com Tite
Olimpíadas|Pietro Otsuka, do R7
![Bruno Guimarães, Daniel Alves e Richarlison foram os grandes destaques em Tóquio 2020](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/RSVSNME7EZLYFG5ZCUVIEHNY6M.jpg?auth=fe6472a81b335d989253b2fe496cb58c1ff5c336f88f3e70f6ffc49590b7773b&width=1051&height=591)
Os Jogos Olímpicos Tóquio 2020 chegaram ao fim, mas a disputa pelo lugar mais alto do pódio trouxe boas dores de cabeça para o técnico Tite, visando a próxima Copa do Mundo, em 2022, no Qatar. Atletas como Daniel Alves, Richarlison e Bruno Guimarães, cotados para a seleção principal, cumpriram bem seus papéis na Olimpíada e ganharam moral com o treinador da seleção.
O camisa 10 é quem mais entra no radar de Tite para a disputa do próximo mundial. Artilheiro da competição com cinco gols marcados, Richarlison foi decisivo ao longo de toda campanha, mas não apenas pelos gols. O atleta esteve na Copa América e abdicou das férias para representar o Brasil em Tóquio.
Além dele, Daniel Alves reconquistou a confiança dos brasileiros sendo a grande referência da equipe de André Jardine. O lateral direito foi titular da seleção durante todo o torneio e vestindo a faixa de capitão. Mesmo com a idade avançada, 38 anos, o atleta foi importantíssimo dentro e fora de campo. As dúvidas quanto ao desempenho do jogador foram respondidas com muita técnica, raça e liderança.
Tão importante quanto os dois citados anteriormente, mas que não chamou tanta atenção até por ser mais discreto foi Bruno Guimarães. O volante do Lyon mostrou que merece uma vaga na seleção principal. Com a camisa 8 nas costas, o jogador foi o grande regente da equipe brasileira, dando muita qualidade na saída de bola, imposição física e tranquilidade sob pressão, além de orientar o ritmo do Brasil em todos os jogos, acalmando e acelerando quando preciso.
Impressionaram, mas nem tanto
![Se a Olimpíada foi "vestibular" para a Copa, Antony e Claudinho ainda estão na lista de espera](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/6Q4ZH7DYE5OGBKU6HZBSEW5D3I.jpg?auth=1af90fdf253904c9a709115a6c79d4f1617480b770d72f18ed675509950f0deb&width=1021&height=591)
Entre os atletas que causaram boa impressão, mas não o suficiente, Claudinho e Antony são nomes a se pontuar. Tanto o meia quanto o atacante tinham grande espectativa nas costas, mas não tiveram tanto destaque quanto os citados acima. Claudinho era pedido na seleção principal, mas não conseguiu repetir o ótimo desempenho apresentado no RB Bragantino. Apesar disso, o jogador cumpriu seu papel na equipe de Jardine, sendo titular em todas as partidas.
Já Antony é visto com bons olhos para a próxima Copa do Mundo. O jogador é titular do Ajax, da Holanda, e tem evoluído bastante jogando na Europa, mas foi um pouco abaixo do que era imaginado. O atleta não marcou nenhum gol na campanha brasileira nos Jogos Olímpicos, mas, por outro lado, agregou em outros momentos da partida, criando espaços na defesa por meio do drible e oferecendo bons passes aos companheiros (inclusive assistência para o gol do título, nos pés de Malcom).
Além da dupla Antony e Claudinho, vale lembrar de alguns atletas para ficar de olho, que ainda não passaram de fato no "vestibular" da Olimpíada, mas estão numa espécia de lista de espera, como Guilherme Arana e Matheus Cunha.
O lateral esquerdo foi peça fundamental no jogo do Brasil, muito presente na saída de bola e perigoso quando acionado no ataque. Já Matheus Cunha foi o centroavante titular da seleção, chamado para o lugar de Pedro, mas não foi o homem gol que todos esperavam, apesar do tento marcado na grande final contra a Espanha. A ausência do atacante contra o México, principalmente, deu uma noção da importância do jogador para o time.
Frustrações
![Douglas Luiz tende a perder espaço na seleção principal](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/YBVUEHNLKVP4HHYXVDBZ3E4MLE.jpg?auth=8b2cf7a1e053986932b90dff17132efec8c4117ef61cfe5a594ee07f2a764371&width=1500&height=1000)
A campanha feita nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020 e que terminou com chave de ouro não permite chamar ninguém de decepção, no entanto, alguns jogadores do time de Jardine não foram tão bem quanto os demais, sem tirar a importância destes em campo. Douglas Luiz e Diego Carlos se enquadram nesse perfil, e não por acaso.
O volante é jogador de seleção principal, apesar da pouca idade. Mesmo assim, o que pesa negativamente para o atleta foi a expulsão boba contra a Costa do Marfim. Além disso, a defesa do Brasil mostrou fragilidades ao longo da competição, principalmente nos espaços que o volante deixava entre a linha de meio campistas e zagueiros da seleção. O lance que origina o cartão vermelho apresentado para o jogador nasce justamente desse cenário.
E se a seleção olímpica mostrou deficiências nos momentos decisivos, é impossível tirar dessa análise o zagueiro Diego Carlos. Muito badalado no Sevilla, o defensor chegou aos Jogos Olímpicos como um dos três atletas acima da idade permitida, mas não mostrou a mesma segurança que apresenta nos gramados europeus. Ao lado de Nino, do Fluminense, o jogador sofreu com contra-ataques e jogadas em velocidade nas costas, sendo muitas vezes salvo pelo goleiro Santos.
Atletas ganham até R$ 3 milhões ao conquistar medalha de ouro; veja
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Você sabe quanto cada país paga para um atleta que conquista uma medalha nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020? Segundo um levantamento feito pelo site "Money Under 30", especializado em finanças, Cingapura é o país que dá a melhor premiação para um atleta medalhista. Para um esportista que conquistar o ouro, o país paga cerca de R$ 3 milhões. Já o Brasil ocupa a décima colocação no ranking, mas está à frente dos Estados Unidos