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A oito meses de Paris 2024, entenda por que a sede do surfe ainda está indefinida

Prefeita de Paris, Anne Hidalgo cancelou viagem para ilha da Polinésia Francesa depois de possíveis protestos contra o evento

Olimpíadas|Do R7, com informações da AFP

Medina, que busca vaga em Paris 2024, já surfou em Teahupo'o
Medina, que busca vaga em Paris 2024, já surfou em Teahupo'o

Faltam apenas oito meses para o início dos Jogos Olímpicos de Paris 2024. Em contagem regressiva para a cerimônia de abertura, seria esperado que todas as modalidades estivessem com as sedes encaminhas e definidas. No entanto, essa não é a realidade.

As disputas do surfe, que acontecerão pela segunda vez em Olimpíadas, estão em um impasse depois de os organizadores voltarem atrás na decisão de parte do evento acontecer em Teahupo'o, no Taiti, na Polinésia Francesa, como estava previsto. O local faz parte das terras ultramar da França, ou seja, são territórios franceses fora da Europa.

A escolha do local era ideal para as boas disputas no mar: a vila é uma das melhores para a prática do surfe por ter ondas fortes que mudam rapidamente de profundidade. No entanto, como a ilha possui corais marítimos, a instalação de uma torre de 14 metros de alumínio (que custou cerca de R$ 21 milhões) para os juízes de Paris 2024 foi interrompida, para não danificar as estruturas naturais.

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A tensão gerou um embate entre os promotores de Paris 2024 e moradores locais, que não querem acolher um evento que pode ser prejudicial para a ilha. A discussão foi tão expressiva que a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, em viagem oficial ao Taiti no fim de outubro, teve que desistir de visitar Teahupo'o por temer protestos.


Em entrevista à agência de notícias AFP, o presidente da Polinésia Francesa, Moetai Brotherson, diz que mudou de opinião sobre sediar as disputas do surfe porque não quer ver os corais destruídos. "Não vejo como seria possível a barcaça [de perfuração] passar sem destruir o coral."

Os organizadores, por outro lado, não parecem dispostos a alterar a sede e afirmam que também têm interesse em preservar o local. O que eles reforçam é que "a esta altura, parece difícil e pouco provável" qualquer alteração.

Com poucas opções como alternativas, o comitê organizador espera convencer a população local de que Paris 2024 não exercerá impactos na ilha. No entanto, o público não parece convencido, para a preocupação dos oficiais, que lutam contra o tempo para que as provas de surfe aconteçam sem quaisquer problemas.

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