Por Simon Evans
MANCHESTER, Inglaterra (Reuters) - Se há uma coisa que ainda irrita o técnico do Manchester City, Pep Guardiola, é a sugestão de que seu sucesso no Campeonato Inglês se deve apenas ao dinheiro.
Depois de o City ter se livrado da acusação de quebra das regras de Fair Play Financeiro da Uefa pela Corte Arbitral do Esporte (CAS), que suspendeu a decisão que impedia a participação do clube em competições europeias por dois anos, o técnico espanhol estava inflamado ao rebater a ideia de que o dinheiro era o grande motor por trás de seus últimos dois títulos nacionais.
Para Guardiola, que foi bicampeão com o City em 2018 e 2019, a equipe não é nada incomum quando se trata de gastar muito com jogadores.
O espanhol, cuja equipe ainda batalha pelo título da Liga dos Campeões na temporada, afirmou que o Manchester United e o Arsenal também haviam investido pesado para conquistar a liga inglesa.
"Quando o Chelsea começa a ganhar campeonatos, eles investiram mais dinheiro que os outros", disse Guardiola a jornalistas. "Eu sou um bom técnico, mas eu não ganho títulos se não tenho bons jogadores, e bons jogadores são caros, mas todos os clubes gastam muito dinheiro."
O City gastou mais de 1 bilhão de libras para adquirir jogadores desde que o clube foi comprado pelo xeique Mansour bin Zayed Al Nahyan em 2008.
Guardiola assumiu o comando da equipe em 2016 e gastou pesado no mercado de transferências, inclusive em nove jogadores que custaram mais de 45 milhões de libras (cerca de 56,5 milhões de dólares) cada.