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Stephanie Soares é promessa do basquete do Brasil e faz história antes mesmo de estrear na WNBA

Pivô foi a quarta escolha do draft da liga profissional de basquete, melhor posição de uma brasileira no evento de seleção de atletas

Mais Esportes|Gabriel Herbelha, do R7

Stephanie Soares foi a quarta escolha da WNBA
Stephanie Soares foi a quarta escolha da WNBA Stephanie Soares foi a quarta escolha da WNBA

O Brasil se acostumou a vibrar durante a década de 90 com o mágico time feminino de basquete brasileiro.

Capitaneado por lendas, como Hortência, Magic Paula, Janeth e Helen, a seleção era protagonista no cenário mundial. Tanto é que conquistou o Campeonato Mundial, em 1994, e foi duas vezes medalhista olímpico, prata em Atlanta-1996 e bronze em Sidney-2000.

Nos últimos anos, os fãs viram a seleção ser ultrapassada por concorrentes e deixar de fazer parte da elite da modalidade.

Inclusive, o Brasil ficou fora das últimas edições das Olimpíadas, em Tóquio-2020, e do Mundial Feminino de Basquete, que será disputado em setembro deste ano.

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Em meio a tantas notícias desanimadoras com a modalidade, no início deste mês, pode ter aparecido um alento. Stephanie Soares, pivô de 23 anos, fez história ao ser escolhida pelo Washington Mystics, da WNBA, Liga de Basquete Profissional Feminina. Posteriormente trocada para o Dallas Wings, como a 4ª escolha do draft da maior liga de basquete feminino do mundo.

Esta é de longe a melhor colocação de uma brasileira no Draft, e agora, Stephanie se torna a 14ª brasileira a jogar na liga de basquete dos Estados Unidos.

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Stephanie Soares conquistou ouro no Pan de Lima, no Peru, em 2019
Stephanie Soares conquistou ouro no Pan de Lima, no Peru, em 2019 Stephanie Soares conquistou ouro no Pan de Lima, no Peru, em 2019

“É muito legal ter tanta gente apoiando, assistindo ao draft. Vários amigos e familiares que eu não conversava há muito tempo estão me mandando mensagem. É muito legal ter este suporte, os brasileiros sempre estão lá”, afirma a atleta, que já tem passagens pela seleção brasileira, sendo campeã dos jogos Pan-Americanos de 2019.

Sempre sorridente, Stephanie conta se inspirar nos próprios pais, que fizeram carreira no Basquete, e em outras brasileiras que atuaram na WNBA anteriormente a ela, a quem chama de “lendas”.

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“Meus pais sempre foram parte da minha história, e eu sempre quis ser jogadora como eles. E começando a jogar com a seleção, várias das meninas como a Damiris [Dantas] e a Érika [de Souza], temos histórias incríveis, e são jogadoras que eu me inspiro, e eu amo falar que somos brasileiras porque aí temos uma conexão e um relacionamento, então é bem legal poder compartilhar sobre isso”, declara a jogadora.

Stephanie mora nos Estados Unidos desde o ensino médio, quando se mudou ao país para jogar basquete. O inglês não foi problema para ele participar de todos os compromissos no dia da escolha das novas atletas da WNBA. 

A Pivô de 2,01 metros iniciou a carreira no basquete universitário na The Master’s, uma universidade que joga uma espécie de “segunda divisão” da categoria.

Mesmo com potencial para jogar em escolas maiores, ela optou pela instituição pois os pais dela estudaram na instituição religiosa.

Stephanie foi estudar nos EUA para jogar basquete
Stephanie foi estudar nos EUA para jogar basquete Stephanie foi estudar nos EUA para jogar basquete

Após brilhar na divisão inferior, sendo eleita duas vezes a jogadora da temporada, teve a merecida mudança para uma universidade de elite, quando se transferiu para Iowa State University, da NCAA, a principal divisão do basquete da categoria, em abril do ano passado.

A participação de compeonatos universitários é importante porque é de onde os times da WNBA escolhem as melhores atletas para o draft. 

A jogadora um início promissor e alcançou médias de 14,4 pontos, 9 rebotes e 3 tocos por partida. No entanto, em janeiro deste ano, Stephanie sofreu uma grave lesão e rompeu o ligamento cruzado anteriordo joelho esquerdo. 

O impressionante é que mesmo lesionada, e com a certeza de que perderia toda a temporada da WNBA, disputada entre maio e setembro deste ano, o Dallas Wings acreditou no potencial da brasileira, e propôs a troca com o Washington, para ter a atleta.

A técnica dos Wings, Latricia Trammell, disse estar “radiante” por ter Stephanie em seu time. Ela revelou que acompanha a jovem há muitos anos e, inclusive, estava presente no ginásio quando a brasileira se lesionou.

“Eu estava lá quando Stephanie se machucou contra Oklahoma e meu coração se partiu porque eu sei a jovem talentosa que ela é, mas ela sabe o que fazer, ela vai se recuperar e voltar ainda melhor quando estiver em quadra com o uniforme dos Wings, mas pense bem, ela tem 2,01 metros e joga como uma armadora, ela pode chutar de três [pontos], ela é uma protetora de aro, ela pode ser agressiva na hora do ataque, ela pode jogar de costas para a cesta e criar, adoro o ‘flip’ dela para chutar”, conta a treinadora na coletiva de apresentação da brasileira.

Além dos atributos técnicos, Latricia faz questão de ressaltar a parte mental de Stephanie, e disse ter se impressionado com a maturidade da jovem, que acabou de completar 23 anos.

“Ela é uma treinadora pura. Quero dizer, ela não se sentou no final do banco e disse: ‘coitada de mim ou por que eu?’. Ela estava envolvida com suas companheiras e com os objetivos da equipe, e isso fala muito para mim. Ela foi a primeira a se levantar quando algo aconteceu, então, novamente, esta é uma jovem que vai causar um impacto imediato em nossa liga e eu sei que temos um ano antes que ela realmente chegue e ela estará pronta”, completa.

Focada na recuperação pós-cirurgia, Stephanie parece estar "nas nuvens" com a chance de atuar profissionalmente nos Estados Unidos. Tanto que por por algumas vezes durante a entrevista coletiva ela repetia "está sendo muito legal".

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