Primo de Éder Jofre discorda de Cigano e diz que astro do UFC não dura três rounds no boxe
Raphael Zumbano sobe nos ringues nesta quinta-feira para disputar título mundial da modalidade
Mais Esportes|Diego Ribas, do R7

A rivalidade entre boxe e MMA ganhou forma dada à comparação, principalmente no Brasil, da popularidade entre os esportes, mas, apesar disso, praticantes de ambas modalidades costumam mostrar respeito e, por vezes, aparecem em fotos treinando juntos.
Situação que não é diferente para Raphael Zumbano, primo do multicampeão Éder Jofre, que, além da amizade de longa data com Fábio Maldonado, já dividiu treinos com feras do calibre de Rodrigo ‘Minotauro’, Anderson Silva, Vitor Belfort e Junior ‘Cigano’.
Este último, por sinal, é apontado como o dono do melhor boxe entre os pesos-pesados do MMA, fama que, aliada à sua tradicional confiança, lhe permitiu afirmar durante uma entrevista que possui vontade de enfrentar os irmãos Klitschko no boxe profissional. Desafio que se julgou capaz de vencer com apenas quatro meses de treino, postura que deixou Zumbano incrédulo.
— Não acho que ele tem um boxe tão bom quanto ele e o pessoal fala. É aquela coisa: “Em terra de cego, quem tem um olho é rei”. Ele tem boxe bom, mas dizer que derrubaria esse ou aquele... Se passar ele passar do terceiro round com qualquer um deles, eu mudo meu nome.
Com desafio marcado na noite desta quinta-feira em Paris, onde lutará pelo cinturão dos pesados da Federação Mundial de Boxe, o sobrinho de Éder Jofre revelou em entrevista ao R7 que a adaptação para um combate no ringue, sem valer chutes ou quedas, e com luvas maiores, levaria anos.
— Não é porque ele não tem condições, mas quatro meses é muito pouco. É outra pegada, são doze rounds de três minutos. No octógono você não encurrala o adversário. Se falar que em três anos ele pode, sei lá, tudo bem, mas, hoje, não passa de três rounds. Nem com os Klitschko, nem comigo e com nenhum outro atleta de ponta dos pesados. Assim como eu não passo do primeiro no MMA.
Na mesma conversa, o boxeador deixou claro que se engana quem acha que ele está apenas dando mostras de protecionismo ao seu esporte de origem. Na verdade, o representante da mais tradicional linhagem de pugilistas do Brasil também bebeu na fonte da arte marcial desenvolvida pelo maior clã de lutadores da história: os Gracies.
— Nunca lutei MMA, mas não posso dizer que nunca lutarei. Tenho 32 anos e já pensei em competir, até porque fiz jiu-jitsu por oito anos e sou faixa roxa do Rocian Gracie, mas nunca tive uma proposta boa. Vontade eu até tenho, mas, sem proposta, fico no esporte que amo.