Morte de Arturo Gatti Jr é investigada como homicídio, diz família; entenda reviravolta
Irmã do filho do famoso ex-boxeador Arturo Gatti afirma ter recebido documentos oficiais indicando nova investigação
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A morte de Arturo Gatti Jr, de 17 anos, está sendo investigada como homicídio. A informação foi divulgada por meio de um comunicado da irmã dele, Sofia Gatti, publicado na página de arrecadação GoFundMe, e noticiada pelo jornal britânico Daily Mail.
Gatti Jr, filho do lendário boxeador canadense Arturo Gatti (1972-2009), foi encontrado morto no início deste mês no apartamento onde morava com a mãe, a brasileira Amanda Rodrigues, no México.
Na época, a Associação Mundial de Boxe (WBA) confirmou a morte, mas a causa não havia sido divulgada oficialmente. Agora, a família diz ter recebido documentos de autoridades mexicanas que afirmam que o caso é tratado como homicídio.
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“Recebemos documentação das autoridades indicando que o caso está sendo investigado como homicídio”. escreveu Sofia. Segundo ela, foram tomadas “medidas legais e investigativas” no México, Canadá e Estados Unidos.
“Quero agradecer a todos que apoiaram o esforço contínuo para descobrir a verdade sobre a morte do meu irmão”, acrescenta a jovem. “Por favor, ajude-me em meu esforço, pois sou sua única esperança neste momento de descobrir a verdade”.
No comunicado, Sofia explica que já foram pagos honorários advocatícios, viagens e perícias independentes. A próxima etapa inclui novas análises forenses, exames toxicológicos e de impressões digitais.
A campanha online já arrecadou mais de US$ 27 mil (cerca de R$ 145 mil) e busca US$ 45 mil (R$ 242 mil) ao todo para continuar as investigações. Versace Gatti, prima de Arturo Jr., também publicou mensagens nas redes sociais afirmando que não descansará “até que a justiça seja feita”.
De acordo com a emissora canadense TVA Nouvelles, o adolescente foi encontrado morto por um vizinho e estaria em estado de choque antes de morrer. Ele vivia com a mãe no México e sonhava em seguir a carreira do pai no boxe.
Morte do pai
O caso trouxe à tona o mistério em torno da morte de Arturo Gatti, bicampeão mundial de boxe, encontrado morto em 2009 em um apartamento em Porto de Galinhas (PE), onde passava férias com Amanda Rodrigues e o filho, então com 10 meses de idade.
Gatti apresentava sinais de espancamento e uma marca profunda no pescoço. Amanda foi presa sob suspeita de homicídio, mas libertada 18 dias depois, quando as autoridades brasileiras concluíram que o caso se tratava de suicídio por enforcamento.
A decisão, no entanto, foi contestada por familiares e amigos. Segundo o Daily Mail, um grupo de investigadores independentes contratado pela família afirmou, em 2011, que o ex-boxeador foi “deixado inconsciente com um objeto desconhecido e depois estrangulado com uma alça de bolsa ou dispositivo semelhante”.
O relatório indicava que Amanda “teve a oportunidade, os meios e o motivo” para cometer o crime, citando ainda uma apólice de seguro de vida de US$ 3,4 milhões (cerca de R$ 18,3 milhões) assinada por Gatti um mês antes de morrer, com a esposa como beneficiária.
Mesmo assim, uma nova investigação no Canadá não encontrou “evidências concretas” de crime. O legista Jean Brochu classificou a morte como “violenta” e apontou asfixia por constrição do pescoço, mas sem determinar se foi homicídio ou suicídio.
Pat Lynch, empresário e amigo próximo do boxeador, afirmou ao Daily Mail que nunca acreditou na hipótese de suicídio. “Eu o conhecia melhor do que qualquer pessoa em sua vida adulta, e você nunca vai me convencer de que ele cometeu suicídio naquela noite no Brasil”, disse.
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