F1 Academy: entenda como funciona a categoria de automobilismo para mulheres
Com seis equipes, temporada de 2025 tem duas brasileiras e termina neste final de semana em Las Vegas
Mais Esportes|Carol Malheiro*, do R7
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Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

A disputa pelo título da Fórmula 1 entre Lando Norris, Oscar Piastri e Max Verstappen ganha mais um capítulo no GP de Las Vegas, nos Estados Unidos. Mas a corrida será ainda mais importante para outra categoria do automobilismo: a F1 Academy decide a campeã neste final de semana.
Criada em novembro de 2022 pela própria Fórmula 1, a F1 Academy é uma categoria voltada para desenvolver talentos femininos para o automobilismo. Liderada por Susie Wolff, ex-piloto da Fórmula E, a etapa usa carros de Fórmula 4, porta de entrada para jovens pilotos nas categorias de monopostos, e serve como base para o progresso para a Fórmula 3, a Fórmula 2 até chegar à F1.
Na terceira temporada da categoria, a francesa Doriane Pin lidera o campeonato com 151 pontos e tem uma vantagem de nove pontos para a holandesa Maya Weug.
F1 Academy tem duas brasileiras
Atualmente, a F1 Academy tem seis equipes: a Prema Racing, a Rodin Motorsport, Campos Racing, MP Motosport, Art Grand Prix e a Hitech TGR. Todas elas também competem na F3 e na F2. Inclusive, o brasileiro Felipe Drugovich, hoje na Fórmula E, foi campeão da Fórmula 2 correndo pela MP Motosport.
Cada equipe tem três automobilistas regulares, formando um grid de 18 mulheres. Dez delas são apoiadas pelas escuderias do atual grid da Fórmula 1, enquanto as outras oito recebem apoios independentes, seja de marcas esportivas como a Puma ou de equipes de outras categorias de automobilismo.
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O Brasil tem duas representantes na categoria: Rafaela Ferreira, de 20 anos, e Aurelia Nobels, de 18 anos, respectivamente, 12ª e 13ª colocadas do campeonato de 2025.
Rafaela Ferreira compete pela Campos Racing e faz parte do programa de desenvolvimento para jovens pilotos da Red Bull, sendo apoiada na F1 Academy pela Racing Bulls. A jovem catarinense se tornou a primeira mulher a vencer a Fórmula 4 brasileira em 2024.
Já Aurelia Nobels é da Art Grand Prix e faz parte da Academia Ferrari. Essa é a segunda temporada da brasileira na F1 Academy. Aos 15 anos, ela competiu na Fórmula 4 brasileira, iniciando a entrada nas categorias de monopostos.
Filha de ídolo da F1 pode se juntar à categoria em breve
Campeã do campeonato de construtores da Fórmula 1, a McLaren anunciou, na última segunda-feira (17), que Ella Hakkinen, filha de Mika Hakkinen, bicampeão da F1, entrou para a Academia de Pilotos da equipe britânica. A ideia é que a finlandesa de apenas 14 anos teste carros em 2026 para começar a disputar campeonatos, como a F1 Academy em 2027.
A McLaren é uma das principais equipes da Fórmula 1 atual a dar oportunidades para jovens pilotos e tem um dos melhores programas de desenvolvimento do automobilismo. Nomes como o heptacampeão Lewis Hamilton, Lando Norris, atual líder do campeonato, e Gabriel Bortoleto, único brasileiro na F1, fizeram parte do programa da McLaren.
Em 2026, a equipe terá Ella Stevens, campeã nacional de kart, e Ella Loyd, atual terceira colocada na F1 Academy como representantes na categoria.
Mulheres já correram na Fórmula 1?
Apenas cinco mulheres correram na Fórmula 1 na história da categoria. A única a pontuar até hoje é a italiana Lella Lombardi, que conseguiu meio ponto no GP da Espanha de 1975. Passados 52 anos, o ponto mais alto do automobilismo continua sendo majoritariamente masculino, mas o esporte deu pequenos passos para tornar a presença de mulheres mais inclusiva.
A F1 Academy surgiu como substituta da W Series, campeonato de automobilismo exclusivo para mulheres, disputado entre 2019 e 2022. A competição usava carros de Fórmula 3, superiores aos de F4 usados pela F1 Academy, mas devido à falta de patrocínios e de incentivos financeiros, a categoria precisou ser encerrada de forma precoce.
*Sob supervisão de Camila Juliotti
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