Djokovic é acusado de mentir no formulário de entrada na Austrália
Informações do tenista em formulário de viagem são investigadas por autoridades australianas e ele corre o risco de ser deportado
Mais Esportes|Do R7
Mais uma reviravolta pode estar por vir no caso que envolve a presença do tenista sérvio Novak Djokovic na Austrália. Isso porque o atual número 1 do mundo agora é acusado de ter mentido, na última quarta-feira (5), no formulário de entrada na fronteira, algo que pode ser crucial na decisão do ministro federal da Imigração.
Os jornais australianos The Daily Telegraph e Herald Sun relataram nesta terça-feira (11) que oficiais da Força de Fronteira Australiana estão investigando se Djokovic mentiu em seu formulário de entrada no país. O sérvio marcou nele que não viajou e não planejava viajar nos 14 dias anteriores ao seu voo para a Austrália, mas é acusado de ter viajado para a Espanha uma semana antes.
Uma declaração no formulário diz: "Observação: fornecer informações falsas ou enganosas é uma ofensa grave. Você também pode estar sujeito a uma penalidade civil por fornecer informações falsas ou enganosas". Em seu site oficial, o Departamento de Assuntos Internos adverte que fornecer informações falsas ou enganosas ao governo é "uma ofensa grave".
Djokovic voou da Espanha para Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, no último dia 4 e, no dia seguinte, embarcou em um voo para Melbourne. Só que teria viajado da Sérvia para a Espanha nos 14 dias antes de voar para a Austrália. Surgiram vídeos nas mídias sociais em que ele aparece jogando tênis de rua na Sérvia em 25 de dezembro, no Natal, dias antes de ser visto em solo espanhol se preparando para o Aberto da Austrália.
Nesta segunda-feira (10), o tenista se pronunciou pela primeira vez desde que chegou a Melbourne. Ele agradeceu o apoio dos fãs e disse que ainda pretende disputar o Aberto da Austrália. O pronunciamento veio após uma vitória judicial no país. Djokovic conseguiu anular a decisão do cancelamento de seu visto na Austrália por parte do governo. O juiz Anthony Kelly, responsável pelo caso, ordenou a libertação imediata do tenista da detenção na imigração.
Aberto da Austrália
Polêmicas à parte, nesta terça-feira a organização do primeiro Grand Slam da temporada soltou a relação oficial dos 32 cabeças de chave no feminino e no masculino, com a tenista da casa Ashleigh Barty e Djokovic encabeçando as respectivas listas. O sorteio oficial das chaves se realizará no Melbourne Park na quinta-feira (13).
Ainda correndo o risco de ser deportado do país, Djokovic foi confirmado como o grande favorito entre os homens, seguido do russo Daniil Medvedev, contra quem só poderá cruzar em uma eventual final. Terceiro e quarto pré-classificados, o alemão Alexander Zverev e o grego Stefanos Tsitsipas também não cruzarão com o número 1 do mundo tão cedo e, na pior das hipóteses, o desafiarão nas semifinais.
No feminino, Barty puxa a tabela seguida da bielorrussa Aryna Sabalenka, que teve um péssimo começo de temporada, perdendo as duas primeiras partidas que disputou em 2022, somando nelas 39 duplas faltas. A espanhola Garbiñe Muguruza será a terceira favorita e a checa Barbora Krejcikova, a quarta.
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