Boxe brasileiro perde o entusiasmo e a paixão de Newton Campos
Jornalista morreu nesta madrugada, aos 96 anos, em sua casa, em São Paulo, ainda na ativa, escrevendo sobre pugilistas brasileiros
Mais Esportes|Do R7
O boxe brasileiro perdeu, nesta segunda-feira (14), o entusiasmo e a paixão de Newton Campos. O jornalista e dirigente morreu nesta madrugada, aos 96 anos, em sua casa, em São Paulo, ainda na ativa, sempre atrás do noticiário dos principais pugilistas e dono de uma memória espetacular.
Seu Newton, como era conhecido no mundo do boxe, foi um dos fundadores do Conselho Mundial de Boxe, em 1963. Foi também jornalista e editor de boxe da Gazeta Esportiva, meio de comunicação no qual atuou por 38 anos.
Foi comentarista da TV Tupi, ao lado de Walter Abrahão, nos anos 1970. Nas décadas de 1980 e 1990, trabalhou na TV Bandeirantes, ao lado de Luciano do Valle. Nessa época, acompanhou de perto as carreiras de Adilson Maguila Rodrigues e Mike Tyson.
Atualmente, fazia comentários semanais na rádio Jovem Pan, além de cuidar da Federação Paulista de Boxe, onde exerceu o cargo de presidente desde 1969. Não se pode falar da história da nobre arte nacional sem citar seu nome.
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Foi o criador do Torneio Estímulo Kid Jofre (homenagem ao pai de Éder Jofre); Torneio Luvas de Ouro; Torneio dos Campeões; e foi de sua imaginação o título Forja de Campeões, para torneio anteriormente chamado de Campeonato Popular de Boxe Amador de A Gazeta Esportiva.
Recebeu títulos de benemérito da Câmara Municipal de Ribeirão Preto; da Federação Paulista de Pugilismo; da Confederação Brasileira de Pugilismo; da Federação Sul-Rio-Grandense de Pugilismo; do Batalhão Tobias de Aguiar e da Polícia Militar; por ter sido distinguido como melhor dirigente, recebeu distinção da Federação Argentina de Boxe e da União Paraguaia de Boxe; vale como registro a homenagem da CMB (Confederação Mundial de Boxe) em 1986, em Aruba; em 1999, durante a Convenção do Conselho Mundial de Boxe, celebrada em Moscou, recebeu uma bandeja de prata do presidente José Sulaiman; também recebeu a Medalha Anchieta da Câmara Municipal (numa proposição do vereador Éder Jofre); e, em 2001, recebeu o título Personalidade Brasileira dos 500 anos.
Newton Campos era natural de São Carlos, foi casado, teve dois filhos e uma neta.
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