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BRASILEIRO 2022

Bicampeão olímpico relata ‘medo’ e ‘controle abusivo’ em processo contra o próprio pai

Estrela do atletismo afirma que conviveu por anos sem ter poder de decisão sobre a sua própria vida

Mais Esportes|Do R7

Jakob, campeão olímpico dos 1.500 metros em Tóquio, em 2020, e dos 5.000 metros nos Jogos de Paris, em 2024. Reprodução/Instagram/@Jakobing

O bicampeão olímpico Jakob Ingebrigtsen, de 24 anos, afirmou ter tido uma infância marcada por medo e manipulação ao depor, nesta terça-feira (25), em um tribunal na Noruega, contra seu pai e ex-treinador, Gjert Ingebrigtsen. Caso condenado, o pai do atleta poderá pegar até seis anos de prisão.

Gjert, de 59 anos, se declarou inocente e nega as acusações de abuso físico contra dois de seus sete filhos, Jakob e Ingrid. Ele deve prestar um novo depoimento na próxima semana. O julgamento, realizado em Sandnes, no sudoeste da Noruega, deve durar até 16 de maio.

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Segundo a emissora norueguesa NRK, Jakob descreve sua criação marcada pelo medo do pai e afirma que conviveu por anos sem ter poder de decisão sobre a sua própria vida.

“Minha criação esteve intimamente ligada ao medo. Há muito tempo reconheço uma cultura baseada no medo”, disse Jakob.


Jakob, campeão olímpico dos 1.500 metros em Tóquio, em 2020, e dos 5.000 metros nos Jogos de Paris, em 2024, declarou que cresceu em um ambiente em que tudo era controlado e decidido por outra pessoa, seu pai. “Na adolescência, eu sentia que não tinha vontade própria ou poder de decisão”, disse

O atleta também relatou ao tribunal alguns episódios de violência.


Segundo a acusação, quando Jakob tinha oito anos, seu pai o agrediu fisicamente após receber um boletim escolar com críticas ao seu comportamento. “Lembro que fiquei extremamente assustado. Senti que havia feito algo muito errado. Estava apavorado com o que poderia acontecer”, disse.

Ele também contou que, aos 16 anos, quando conheceu Elisabeth Asserson (hoje sua esposa), o pai tentou impedir o relacionamento, alegando que isso prejudicaria o seu foco em sua carreira esportiva. “Achei difícil lidar com o fato de que alguém como meu próprio pai pudesse falar daquela forma sobre a Elisabeth, alguém de quem eu gostava muito.”

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