Argentina e 'quarteto fantástico' enfrentam o Irã de olho nas oitavas

Com a volta do 'quarteto fantástico', a Argentina de Lionel Messi enfrenta no sábado, em Belo Horizonte, a frágil seleção do Irã com dois objetivos: uma atuação melhor que a da estreia e garantir a vaga antecipada nas oitavas de final da Copa do Mundo.

A expectativa é de um jogo com forte presença da torcida argentina no Mineirão, assim como aconteceu no domingo passado no Maracanã contra a Bósnia (2-1). A polícia preparou uma operação especial para evitar confusão após os incidentes registrados no Rio de Janeiro antes de Chile e Espanha.

A Argentina é ampla favorita para a partida, que começará às 13H00, e uma vitória garantirá a vaga nas oitavas de final. A equipe pode até assegurar o primeiro lugar do Grupo F, mas para isto precisa da vitória e de um empate na partida entre Bósnia e Nigéria.

Sob comando do português Carlos Queiroz, os iranianos chegaram ao Brasil com a fama de uma das seleções mais fracas do Mundial, mas conseguiram empatar em 0-0 com a Nigéria na estreia.

Curiosamente, a única partida disputada entre os dois países na história, um amistoso em 1977, terminou empatada em 1-1.

"Você não ganha mais apenas com os nomes. Precisa assegurar as coisas para não ter surpresas", advertiu um dos goleiros reservas da Argentina, Mariano Andújar.

Depois da vitória de 2-1 sobre a Bósnia, com uma atuação sem brilho, e do descontentamento de Lionel Messi com o sistema de jogo conservador do primeiro tempo desta partida, o técnico Alejandro Sabella retomará o esquema 4-3-3, o preferido do astro argentino e que inclui Ángel di María, Gonzalo Higuaín e Sergio 'Kun' Agüero.

"Somos a Argentina e acredito que temos que jogar bem, sem pensar em quem vamos enfrentar", disse Messi um dia depois da estreia.

Messi parece ter vencido a batalha, mas é preciso recordar que tanto contra o Irã como na última partida da primeira fase, contra a Nigéria em Porto Alegre na próxima quarta-feira, Sabella não teria desculpas para evitar um esquema ofensivo.

O polêmico sistema 5-3-2, no entanto, poderia ser retomado a partir das oitavas de final, dependendo do rival da Argentina nesta fase de eliminação direta.

Além do plano esportivo, a partida de sábado será acompanhada de perto pela Fifa e as autoridades brasileiras, que temem uma repetição dos incidentes de quarta-feira no Maracanã, quando mais de 80 torcedores chilenos sem ingressos foram detidos depois de uma tentativa de invasão antes do jogo entre Chile e Espanha.

A polícia se encontra em alerta na capital mineira ante a expectativa da presença de 25.000 argentinos, incluindo alguns violentos barras bravas e pessoas sem ingresso.

Uma operação especial foi organizada nas estradas, levando em consideração que os carros e ônibus são o principal meio de transporte escolhidos para a viagem a partir do Rio de Janeiro.

"Temos quase 1.200 agentes e um plano especial na Operação Copa", afirmou Arístides Júnior, diretor de comunicação da Polícia Rodoviária Federal.

O local de treinamentos da seleção argentina, a Cidade do Galo, a 25 km do centro de Belo Horizonte virou uma área de 'peregrinação' para os torcedores albicelestes.

Escalações prováveis:

ARGENTINA: Sergio Romero - Pablo Zabaleta, Ezequiel Garay, Federico Fernández, Marcos Rojo - Fernando Gago, Javier Mascherano, Ángel Di María - Lionel Messi, Gonzalo Higuaín e Sergio Agüero. DT: Alejandro Sabella.

IRÃ: Rahman Ahmadi - Khosro Heydari, Ehsan Haji Safi, Jalal Hosseini, Amirhossein Sadeghi - Javad Nekounam, Andranik Teymourian, Pejman Motazeri, Reza Ghoochannejhad, Ashkan Dejagah - Mehrdad Poolad. DT: Carlos Queiroz (POR).

mar/fp