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Ronaldo aponta responsável por desistência de Ancelotti em projeto com a Seleção

Comandante italiano esteve perto de acerto com a CBF, mas optou por ficar no Real Madrid

Lance

Lance|Do R7

Carlo Ancelotti está em sua segunda passagem pelo Real Madrid (Foto: Javier Soriano/AFP) Foto: Javier Soriano/AFP/Foto: Javier Soriano/AFP

O sonho da chegada de Carlo Ancelotti à seleção brasileira deixou diversos torcedores alvoroçados. O técnico do Real Madrid esteve perto de um acordo para assumir o Brasil em 2023, o que foi anunciado publicamente pelo presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Ednaldo Rodrigues, como um fato. Entretanto, a situação não se concretizou no fim das contas, devido à renovação contratual do italiano com o clube merengue.

Em entrevista ao “Charla Podcast”, Ronaldo Fenômeno revelou detalhes da negociação entre as partes. Ídolo dos dois lados, o eterno camisa 9 afirmou ter sido uma das armas de utilização da entidade nacional para seduzir o treinador durante as conversas.

- Ele não foi liberado, o Real Madrid não liberou ele. Não foi uma fantasia, até porque eu participei do processo, conversando com o Ancelotti. O Ednaldo me pediu, na época, uma ajuda, e eu ajudei ele nesse processo. Mas depois deixei eles negociarem e parece que ali travou. Não houve mais negociação, porque não teve liberação do Real - contou o ex-centroavante.

Ronaldo também atribuiu o sucesso de Ancelotti na área técnica do Santiago Bernabéu como o fator responsável pelo fim do sonho. O técnico perdeu o Campeonato Espanhol e a Champions League de 2022-23, findados pouco antes das negociações; entretanto, na temporada seguinte, ergueu os dois troféus, e ganhou a renovação contratual como recompensa pelo trabalho positivo.


- Ia acabar a temporada do Real Madrid, e se não ganhasse nada, o Real ia mandá-lo embora, e ele viria. Mas aí ele ganhou a Champions, e ficou mais um ano - afirmou o ex-atleta.

🔰 Ancelotti na Seleção: como a história terminou?

O contrato de Carletto com o Real expiraria ao final do primeiro semestre de 2024. A CBF traçou um planejamento para contar com o experiente comandante após o período, e para isso, fechou um acordo com Fernando Diniz - que, à época, estava à frente do Fluminense - de forma interina.

Na Espanha, a certeza de Ednaldo causou estranheza, já que se esperava a manutenção de Ancelotti em Valdebebas. E assim aconteceu. O europeu assinou a extensão do vínculo, e Diniz não se firmou na Seleção, além de cair no Fluminense em 2024. O "efeito borboleta" conduziu à contratação de Dorival Júnior em janeiro do último ano, após ser campeão da Copa do Brasil com Flamengo e São Paulo nas duas temporadas anteriores.

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