Rivais na Série A anunciam o uso de reconhecimento facial no estádio
Estádio deve inaugurar tecnologia a partir das finais do estadual
Lance|Do R7

Já adotado por 11 clubes da Série A do Brasileirão, a biometria por reconhecimento facial para acessar os estádios chega para mais duas equipes que disputam a elite do futebol nacional. Desde o ano passado, Ceará e Fortaleza iniciaram o processo para implementar a tecnologia na Arena Castelão, que passará a usar a partir de agora o sistema para substituir parte dos ingressos convencionais.
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O reconhecimento facial está em fase de instalação para a maioria das equipes que adotaram a tecnologia para seus estádios. São os casos de Internacional e Atlético-MG, por exemplo, que estão iniciando o processo. Ao mesmo passo, Palmeiras, Santos, Flamengo e Fluminense são times que já usam a técnica como padrão em seus jogos.
No Castelão, o uso do reconhecimento tem previsão de ser utilizado já a partir do dia 15 de março, quando acontece o primeiro jogo nas finais do Campeonato Cearense. As informações são das responsáveis pelo sistema, a Imply ElevenTickets e da Empresa de Tecnologia da Informação do Ceará (ETICE), com suporte da Secretaria de Esportes do Estado.
O processo de utilização dos diferentes sistemas de biometria facial depende da administração de cada arena e clube. No meio de 2024, uma resolução da Lei Geral do Esporte determinou que a tecnologia fosse utilizada em todos os estádios do Brasil a partir do segundo semestre de 2025.
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Fortaleza e Ceará estão nas semifinais e disputam uma vaga na grande decisão, o que pode estrear o reconhecimento facial do Castelão em um Clássico-Rei no estadual.
Até aqui, as 13 equipes já usam ou estão implementando a biometria facial. Internacional, Grêmio, Atlético-MG, Sport, Flamengo, Fluminense, Vasco, Botafogo, Palmeiras, Santos e Mirassol se juntam à dupla cearense.
Como funciona a tecnologia
No caso do Castelão e da maioria dos sistemas dos estádios brasileiros, as catracas normalmente utilizadas para ler os ingressos permanecerão no local com o acréscimo dos equipamentos de leitura para reconhecimento facial, até o processo ser finalizado. A partir do momento que a tecnologia estiver funcionando de forma plena, o acesso será feito somente pela biometria facial.
O presidente da ETICE, Francisco Barbosa, explicou que o cadastro no sistema será feito a partir da primeira compra do ingresso quando a tecnologia estiver funcionando. Para validar a imagem, o torcedor precisará registrar seu rosto de forma que fique fique nítido e aparente, sem elementos que atrapalhem a visualização.
- No ato da compra, o torcedor será direcionado para uma plataforma para realizar a biometria facial. A imagem deverá ser limpa, sem acessórios, como bonés, chapéus ou óculos escuros, para ser aceita. A partir do dia 15 de março, ele só entrará no estádio por meio do reconhecimento facial, mesmo com ingresso comprado - explicou o especialista.
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Assim como no Castelão, o uso da biometria por reconhecimento facial também serve para torcedores visitantes. O uso da tecnologia tem se ampliado rapidamente pelos estádios brasileiros desde 2023, sustentado por uma ideia de que a logística de acesso ao jogo será facilitada para a torcida.
Além disso, órgãos como a Secretaria de Segurança Pública e Defesa da Cidadania têm acesso ao banco de dados das imagens, o que promete dar mais segurança aos usuários e que pode servir para identificar indivíduos procurados pelas autoridades.