Retrospectiva 2024: Atlético-MG não atende às expectativas
Torcida atleticana viveu momentos de euforia e decepção
Lance|Do R7
A temporada 2024 do Atlético-MG teve altos e baixos, com chegadas e saídas importantes, grandes expectativas não alcançadas e a conquista do pentacampeonato mineiro. A torcida atleticana viveu momentos de muita euforia, mas também teve decepções, principalmente em novembro, com a perda das finais da Copa do Brasil e da Copa Libertadores.
O ano começou com a expectativa em alta. Nos últimos dias de dezembro, o clube havia contratado o meia Gustavo Scarpa junto ao Nottingham Forest, da Inglaterra, por 5 milhões de euros. O ex-jogador do Palmeiras, que estava no Olympiacos, da Grécia, era o grande reforço para a equipe comandada pelo técnico Luiz Felipe Scolari. A notícia ruim foi a saída de Rodrigo Caetano, que, após três anos no clube, aceitou convite para ser diretor de seleções da CBF.
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Campeonato Mineiro: início ruim e penta no fim
O início no Campeonato Mineiro, no entanto, foi decepcionante. Na estreia, o Galo perdeu para o Patrocinense por 2 a 1. Na rodada seguinte, goleou o Democrata-GV por 4 a 0, na Arena MRV, mas, em seguida, perdeu para o Cruzeiro por 2 a 0 – era a segunda derrota no clássico em dois jogos na nova casa do Atlético-MG.
A equipe se recuperou e terminou a primeira fase na liderança de seu grupo, com quatro vitórias, dois empates e duas derrotas. Na semifinal, passou pelo América, mas, após a segunda partida, com derrota por 2 a 1 – venceu o primeiro clássico por 2 a 0 – o técnico Luiz Felipe Scolari foi demitido. Era o dia 20 de março, a 10 dias da decisão contra o Cruzeiro, e a diretoria aproveitou a folga da Data Fifa para fazer a troca de treinador.
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Técnico argentino Gabriel Milito chega às vésperas de final
O argentino Gabriel Milito foi contratado e estreou no primeiro jogo da final: empate por 2 a 2, na Arena MRV. Na partida de volta, no Mineirão, no entanto, o Atlético-MG foi superior ao rival, venceu por 3 a 1 e conquistou o pentacampeonato mineiro. A hegemonia teve início em 2020.
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Copa Libertadores: segunda melhor campanha na primeira fase
A estreia na Copa Libertadores foi a goleada por 4 a 1 sobre o Caracas, na Venezuela, em 4 de abril. E o Atlético-MG terminou a primeira fase líder do grupo, que tinha ainda Peñarol e Rosário Central, e com a segunda melhor campanha, atrás apenas do River Plate, da Argentina. E Milito emplacava uma invencibilidade nos 13 primeiros jogos, incluindo o Brasileiro e a Copa do Brasil.
Em junho, a equipe sofreu com ausência de jogadores convocados para a Copa América e contundidos. Foi apenas uma vitória em sete partidas naquele período. A diretoria agiu e trouxe reforços para a sequência da temporada.
Reforços importantes chegam no meio da temporada
Chegaram o zagueiro Lyanco, vindo do Southampton, da Inglaterra, por quase R$ 30 milhões; o volante argentino Fausto Vera, do Corinthians; o zagueiro Júnior Alonso, que retornava ao clube, depois de deixar o Krasnodar, da Rússia; e o atacante Bernard, também de volta ao Atlético-MG – cujo pré-contrato havia sido assinador no início do ano.
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Para completar, o atacante Deyverson, que estava em litígio com o Cuiabá, chegou à Cidade do Galo, em agosto.
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Boas campanhas na Copa do Brasil e na Libertadores
A campanha na Copa do Brasil e na Libertadores ia bem. O Atlético-MG entrou na competição nacional já na terceira fase e passou pelo Sport, em maio. No sorteio das oitavas de final, o Galo deu sorte e pegou o CRB, adversário mais fraco naquela fase. Nas quartas de final, o adversário foi um velho freguês: o São Paulo, derrotado no Morumbi por 1 a 0 – o empate por 0 a 0 na Arena MRV garantiu a classificação, em setembro.
Na Libertadores, o Atlético-MG passou pelo San Lorenzo, nas oitavas de final, em agosto, e pelo Fluminense, nas quartas, em setembro. Outubro começou com a expectativa pelas semifinais das duas competições. Na Copa do Brasil, o Galo eliminou o Vasco, vencendo por 2 a 1 em casa e empatando por 1 a 1, em São Januário.
Na Libertadores, o adversário foi o River Plate, que foi derrotado por 3 a 0 no primeiro jogo, na Arena MRV. O empate sem gols em Buenos Aires garantiu a vaga na final, contra o Botafogo, em jogo único também no Monumental de Núñez.
Decepção e ameaça de rebaixamento no fim da temporada
A partir daí, no entanto, a maré do Atlético-MG virou. O Galo perdeu as duas partidas decisivas contra o Flamengo, pela Copa do Brasil: 3 a 1 no Maracanã e 1 a 0 na Arena MRV.
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Na decisão da Libertadores, em 30 de novembro, o Atlético-MG foi derrotado pelo Botafogo por 3 a 1, mesmo jogando com um jogador a mais durante quase toda a partida.
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De volta ao Brasileiro, o Atlético-MG foi derrotado pelo Vasco por 2 a 0, completando 12 jogos sem vitória. E o técnico Gabriel Milito chegou a um acordo para deixar o clube, antes do fim do contrato. Na última rodada do Brasileiro, ameaçado de rebaixamento para a Série B, o Galo derrotou o Athletico-PR por 1 a 0, na Arena MRV, e, além de evitar a queda, conseguiu vaga na Copa Sul-Americana de 2025.