O rebaixamento do Cruzeiro à Série B foi a consequência de um período caótico dentro e fora de campo. Desde o Brasileirão de 2019, a Raposa começou a viver uma série de problemas que perseguem o clube até hoje. Na última semana, o Cruzeiro sofreu nova punição da Fifa. Agora, o clube está proibido de registrar novos jogadores. Relembre as situações dramáticas que o clube mineiro viveu no período de um ano. Confira!
O príncipio dos problemas extra campo do Cruzeiro começaram com uma denúncia de corrupção de dirigentes celestes. Em maio, uma investigação da Polícia Civil resultou em uma denúncia de transações irregulares e uso de empresas de fachada para ocultar crimes cometidos dentro do clube. Com isso, não demorou para que os maus resultados aparecessem.
Após a Copa América, o Cruzeiro foi eliminado da Libertadores pelo River Plate e da Copa do Brasil pelo Internacional. A campanha no Brasileirão era ruim desde o começo e acabou terminando com a demissão do treinador Mano Menezes
Para o lugar de Mano, o Cruzeiro contratou Rogério Ceni, que estava no Fortaleza, para salvar o clube do rebaixamento. Com divergências com os medalhões do elenco, Rogério não durou muito e acabou saindo da Raposa com menos de dois meses de cargo
Já com Abel Braga no comando, na derrota para o CSA por 1 a 0 no Mineirão, Thiago Neves errou um pênalti no fim da partida e complicou a vida da Raposa na tabela. Pouco depois do jogo, o meia teve um áudio vazado, em que conversa com o presidente Zezé Perrella, cobrando o mandatário sobre a situação financeira do clube
Abel Braga caiu, Adilson Batista chegou com a missão de salvar o Cruzeiro em três rodadas e Thiago Neves estava fora por um edema na coxa esquerda. Um dia após ter sido afastado por lesão, o meia foi visto no Mineirão, durante o "Tardezinha", evento de samba que acontecia no estádio Mineirão. Thiago não entrou em campo na reta final do Campeonato Brasileiro e o Cruzeiro foi rebaixado
Na Série B, continuaram os problemas. Em maio de 2020, o clube foi informado que começaria a segunda divisão do Campeonato Brasileiro com menos seis pontos. Por não ter depositado - por determinação da Fifa - os pouco mais de R$ 5 milhões ao Al Wahda, pelo empréstimo do volante Denílson em 2016
Além da punição, a Polícia Civil concluiu a investigação de possíveis crimes praticados por ex-dirigentes. O inquérito será encaminhado ao MP de Minas Gerais, que ficará responsável por oferecer denúncia contra ex-presidente Wagner Pires de Sá, ex-vice-presidente de futebol Itair Machado e o ex-diretor-geral Sérgio Nonato. Os três foram indiciados por irregularidades na administração do clube de 2018 a 2019. O inquérito apurou denúncias sobre falsificação de documento particular, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro envolvendo os ex-dirigentes do Cruzeiro. A gestão quebrou regras da Fifa, da CBF e do governo federal
Na última semana, o Cruzeiro teve novos problemas fora de campo. O clube sofreu uma nova punição da Fifa e está proibido de registrar novos jogadores. Essa nova penalidade é consequência da ação imposta pelo Zorya, da Ucrânia, pela compra do atacante Willian, em 2014
Além disso, Enderson Moreira, que chegou ao clube em março, foi demitido. Foi a quinta demissão do clube, desde agosto do ano passado. Enderson caiu depois de 12 jogos, com seis vitórias, três empates e três derrotas. De todos esses, quem teve o maior tempo de casa foi Enderson (174 dias), enquanto Rogério Ceni, por exemplo, foi quem ficou menos: 46 dias. Ney Franco foi o escolhido para o seu lugar