'Pior governo': Fifa recebe carta de grupo de direitos humanos
Entidade é acusada de não evoluir desde a chegada de Infantino
Lance|Do R7

Entidade máxima que rege o futebol mundial, a Fifa foi alvo de um movimento da FairSquare, grupo de direitos humanos. As acusações tem como base acontecimentos de uma década atrás, quando Joseph Blatter ainda era o presidente em atividade. Segundo o grupo, a Fifa governa o futebol pior nos dias de hoje do que antigamente.
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Tudo começou em 2015, quando uma operação policial prendeu sete funcionários da Fifa em um hotel na Suíça. Os órgãos de segurança investigavam a entidade por corrupção generalizada no esporte. As prisões aconteceram às vésperas do tradicional congresso da entidade, marcado para o dia 27 de maio daquele ano. Uma semana depois, Joseph Blatter renunciou seu cargo, abrindo portas para a eleição de Gianni Infantino, que assumiu em fevereiro de 2016 e está lá até os dias de hoje.
Fato é que, de lá pra cá, pouco mudou e a entidade segue sendo questionada. Dessa vez, o FairSquare emitiu uma carta conjunta, assinada por acadêmicos, ativistas e grupos de fãs. De acordo com o comunicado, o grupo alega que as reformas propostas pela Fifa falharam, citando, ao todo, oito exemplos, entre eles as relações controversas de Infantino com líderes globais e a atribuição da Copa do Mundo de 2034 para a Arábia Saudita.
A carta foi assinada por 35 pessoas, sendo a maioria acadêmicos. A Fair Game, grupo que representa mais de 30 clubes britânicos, Abdullah Ibhais, ex-oficial da Copa do Mundo de 2022, e um grupo de torcedores da Noruega, também estavam entre os signatários.
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— Esta declaração demonstra não apenas o fracasso absoluto das reformas promulgadas sob a presidência de Gianni Infantino, mas também a amplitude da oposição e frustração de especialistas com o modelo de governança disfuncional da Fifa — disse Nick McGeehan, codiretor da FairSquare, que tem sede em Londres, na Inglaterra.
Posicionamento da Fifa
A Fifa ainda não respondeu às acusações feitas pelo FairSquare de forma contundente. Em contramão, porém, a entidade optou por emitir uma breve resposta para se defender, alegando que a entidade evoluiu sim desde as prisões ocorridas em 2015.
Entre argumentos citados, a Fifa citou a contratação de mais de 800 funcionários desde 2016 e grandes reformas, que foram reconhecidas por outro órgãos esportivos, permitindo que o Departamento de Justiça devolvesse 201 milhões de dólares (R$ 1,1 bilhão) em ativos apreendidos à Fundação Fifa.
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