Para voltar a ser titular no São Paulo, Cueva precisa se espelhar em Nenê
Peruano é visto por Aguirre como semelhante ao camisa 7 e busca mais o jogo do que o veterano, mas tem de ser mais atuante para voltar ao time
Lance|Do R7
A dois meses da Copa do Mundo, e já cobrado pelo técnico da seleção peruana, Ricardo Gareca, de que precisa render no São Paulo para estar garantido no Mundial, Cueva é reserva no clube.
E sua atuação no time misto que venceu o Paraná por 1 a 0 nessa segunda-feira, no Morumbi, mostrou que ele deve se espelhar mais em Nenê, titular na sua posição, para retomar seu espaço.
O técnico Diego Aguirre enxerga semelhanças entre Nenê e Cueva, mas uma característica pesa para que o camisa 10 seja apenas uma opção no banco: não é tão incisivo no setor ofensivo quanto o veterano ex-jogador do Vasco. O peruano até busca mais o jogo, mas não apresenta as mesmas soluções perto da área, sem tornar mais eficiente sua criatividade.
Cueva nem entrou em campo na semana passada, contra o Rosario Central, na Argentina, pela Copa Sul-Americana. Exatamente porque o Tricolor, na visão de Aguirre, precisa mais de alguém que consiga até resolver sozinho as jogadas, como fez Nenê em Rosário, do que apenas alguém que troca passes em busca do espaço para uma enfiada.
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Diante do Paraná, não faltou disposição a Cueva. O camisa 10, diversas vezes, ia até o campo de defesa para ajudar na saída de bola. Mas, na estratégia de Aguirre, tanto no 4-2-3-1 quanto no 4-1-4-1, Cueva tem a mesma liberdade de Nenê para se aproximar do jogador de referência na área, para tabelar ou chutar. A confiança é total de que Jucilei e o outro volante (Petros ou Hudson) podem levar a bola à frente. Com isso, na prática, o recuo do peruano só diminuía a força ofensiva são-paulina.
No primeiro tempo, Cueva fez raras vezes o que a função indicada por Aguirre pede. Chegou até a atuar por alguns minutos como falso 9, atraindo a marcação para Brenner entrar na área. Mas não deu certo e o peruano, talvez por instinto, logo recuou para fazer o time trocar passes e rodar a bola, atrapalhando as aspirações ofensivas traçadas pelo treinador.
À medida que se cansou, Cueva diminuiu sua concentração e acumulou erros no segundo tempo. Acabou ouvindo vaias da torcida presente no Morumbi quando foi trocado por Nenê, já nos minutos finais. O camisa 7 não acrescentou nada, mas ficou claro que o peruano precisa se reinventar para voltar a ter chances e chegar com ritmo à Copa do Mundo.
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