Quando Palmeiras e São Paulo entrarem em campo às 16h (de Brasília) deste domingo (16), no Allianz Parque, pelo Campeonato Brasileiro, todos os olhos estarão voltados para o duelo entre Rogério Ceni, que retornou ao time há um ano, e Abel Ferreira, que há dois anos consolidou um ótimo trabalho.
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Na semana em que completou um ano deste retorno ao banco de reservas do Tricolor, o ex-goleiro busca exorcizar de vez os esqueletos do armário são-paulino. Muitos deles deixados justamente pelo histórico rival alviverde. A doída derrota por 4 a 0 na final do Campeonato Paulista, a primeira chance de título desperdiçada no ano. E a histórica derrota de virada por 2 a 1, já nos acréscimos, em pleno Morumbi , no duelo do primeiro turno do Brasileirão, são alguns dos tropeços mais doloridos do São Paulo na temporada.
Ao mesmo tempo, contudo, Ceni teve no adversário alviverde pontapés essenciais no ano para fazerem o Tricolor fazer com que sua torcida sonhasse que era possível ter alegrias em um cenário de total desolação.
Dos dez clássicos que o Verdão disputou no ano, as únicas duas derrotas foram justamente para o time do ex-goleiro, que ainda emendou uma surpreendente e contestada eliminação do rival nas oitavas de final da Copa do Brasil.
Verdadeiro divisor de águas para os dois lados, o resultado no principal mata-mata nacional mudou paradigmas de ambos os lados. Pelo são-paulino, fez com que o clube priorizasse de vez as disputas eliminatórias em detrimento do Brasileirão.
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Bom por um lado, pois acumulou as decepcionantes e surpreendentes idas à semifinal da Copa do Brasil e final da Sul-Americana. Resultados de certos positivos na balança geral são-paulina se o exemplo for os prognósticos no início da temporada.
Ruim pelo outro. O São Paulo que chega ao Choque-Rei neste domingo se vê sufocado em busca de resultados positivos no Brasileirão para manter vivo o sonho de uma vaga na Copa Libertadores do ano que vem, fundamental para as finanças e até o próprio projeto esportivo no Morumbi.
E que passa inevitavelmente por Ceni. O eterno ídolo das metas vê a crise se acentuar, seu trabalho como técnico de novo ser questionado e não dá certezas de sua permanência, por mais que o contrato tenha sido renovado até o final de 2023. Vencer o rival em sua casa se torna essencial para um futuro que, como no início do ano, parece sombrio.
O Palmeiras, por sua vez, já fez cinco clássicos neste Campeonato Brasileiro e venceu todos. Foram duas vitórias sobre o Corinthians (3 a 0 em casa e 1 a 0 fora), duas vitórias sobre o Santos (1 a 0 em casa e 1 a 0 fora) e uma vitória sobre o São Paulo (2 a 1 fora). Ou seja, até aqui não deu chances para os rivais no campeonato nacional deste ano.
Caso vença o Tricolor Paulista neste domingo, o Palmeiras estabelecerá um recorde no Brasileirão da era dos pontos corridos (desde 2003). Nunca um dos quatro grandes teve 100% de aproveitamento em clássicos neste formato da competição.
São 83,3% de aproveitamento contra os rivais em 2022, um domínio significativo, com aproveitamento de 100% como mandante: seis jogos e seis vitórias em casa. Pensando nisso, o time de Abel Ferreira quer desequilibrar o confronto com Rogério Ceni e seguir sendo o protagonista diante de todos os adversários estaduais. Resta saber quem levará a melhor neste domingo, às 16h, no Allianz Parque.