Maracanãzinho vira opção de casa para Flamengo na próxima Superliga
Ginásio passará a ser gerido por Fla e Flu a partir da próxima semana
Lance|Do R7
O Flamengo estará na elite da Superliga Cimed feminina na temporada 2019/2020. E poderá ter como casa um dos maiores palcos do vôlei nacional: o Maracanãzinho.
O ginásio faz parte do acordo de gestão do Complexo do Maracanã, que passará das mãos da Odebrecht para Flamengo e Fluminense a partir da semana que vem. A gestão, aprovada na noite de quarta-feira pelo Conselho Deliberativo do Fla, valerá pelos próximos seis meses, com possibilidade de prorrogação por mais 180 dias. Os clubes irão arcar com os custos fixos do Maracanã, do Maracanãzinho, do Estádio Célio de Barros (atualmente usado como estacionamento e não mais pista de atletismo) e o Parque Aquático Júlio Delamare.
A possibilidade de utilização do Maracanãzinho empolga Marcelo Vido, diretor executivo de esporte olímpico do Fla.
- Para nós é uma notícia muito boa. Minha ideia é já visitá-lo na semana que vem. Se pegarmos as chaves na sexta-feira, no mesmo dia ou no dia seguinte eu já estarei lá. Quero analisar tudo: piso, vestiários, placar, parte elétrica, hidráulica, sistema de esgoto, cobertura... Fazer uma grande avaliação, rever contas de manutenção e planejar como rentabilizar a utilização do Maracanãzinho. Sabemos que em alguns momentos vamos precisar setorizá-lo, abrindo apenas o necessário para a demanda, caso seja um jogo menor. Temos de ser inteligentes na gestão - disse Vido, em entrevista ao Web Vôlei.
Reformado e utilizado para as competições de vôlei na Olimpíada de 2016, o local recebeu poucos eventos desde então. E reportagens recentes mostraram a necessidade de pequenas obras em vários espaços do ginásio.
Como Flamengo e Fluminense têm vaga na próxima edição da Superliga feminina, o Maracanãzinho passa a ser mais uma opção para jogos, principalmente aqueles com maior demanda de público ou como maior apelo para a transmissão pela televisão. O Flu usa com frequência o acanhado Ginásio da Hebraica para seus jogos. O Tijuca é uma outra opção, desde que não haja conflito de datas de jogos dos times masculino e feminino do Sesc. Eles também usam, ocasionalmente, a Jeunesse Arena, no Parque Olímpico da Barra da Tijuca, por terem patrocínio da gestora do local.
O time masculino de basquete do Fla é outro que passará a utilizar o ginásio. É inclusive quem tem a maior chance de estrear o espaço, já que o Novo Basquete Brasil está em andamento, com o time da Gávea na disputa dos playoffs.
Paralelamente, a cúpula de esporte olímpico rubro-negra planeja o retorno do vôlei para a elite, com a construção do elenco. Não existe ainda uma definição do orçamento para a temporada 2019/2020. Uma reunião do Conselho do clube estava marcada para segunda-feira, mas foi adiada por conta das chuvas no Rio de Janeiro. Mesmo assim as discussões para montagem do time prosseguem.
- Tive uma conversa com a comissão técnica hoje. Estamos mapeando o mercado, tanto o nacional quanto o internacional. Ainda temos de saber o nível do investimento, buscar patrocinadores. Mas queremos fazer o melhor possível dentro de uma realidade. Dinheiro é importante, claro, mas ele sozinha não ganha campeonatos. Comprometimento e engajamento são essenciais. Vamos seguir a linha de raciocínio do basquete, formando uma equipe equilibrada. Cinco ou seis juvenis com potencial, algumas jogadoras que começam a ganhar espaço e as mais experientes, que servem de inspiração para as mais jovens - revelou Marcelo Vido.
Neste sábado, o Flamengo disputará em Valinhos o título da Superliga B, na casa do adversário, no interior paulista. Depois da garantia da vaga na elite nacional, a conquista é a cereja do bolo para o time comandado por Alexandre Ferrante.
- Nosso planejamento até aqui foi concluído com louvor. É um orgulho atingir a elite tendo passado pelas Superligas C e B, chegando agora na A. Valinhos fez a melhor campanha, tem uma equipe forte e jogava na elite na temporada passada. Será um jogo duro, mas queremos esse título - finalizou Vido.