A lista de sócios do Vasco segue gerando polêmica. O documento, necessário para a convocação do referendo das eleições diretas e também para o pleito presidencial - ambas previstas para este ano - foi alvo de discórdia num passado recente e voltou a ter interpretações diferentes entre o mandatário do clube, Alexandre Campello, e da Assembleia Geral, Faues Mussa. Este, desta vez, revela ter enviado cartas a Campello pedindo pela lista detalhada. Sem ela, a análise da lista está paralisada. Confira a nota enviada por Mussa:
"Na condição de Presidente da Assembleia Geral do Club de Regatas Vasco da Gama e estatutariamente o responsável por conduzir os trabalhos da Assembleia Geral, venho por meio dessa nota, informar aos vascaínos, todos os movimentos referentes ao andamento dos trabalhos de preparação para as duas Assembleias Gerais, previstas para acontecer esse ano.
Sendo assim, é importante que se esclareça, que muito embora seja disponibilizado mensalmente no site oficial do clube a listagem de sócios ativos. Essa lista resolve apenas parcialmente o trabalho de análise. Para um trabalho completo também se faz necessário a base total de sócios, mesmo daqueles que momentaneamente não estão aptos, pois esses, podem a qualquer momento regularizar suas situações, seja pagando as suas mensalidades em atraso ou se recadastrando, e dessa forma entrarem no cadastro de sócios aptos a votar.
Como também necessito das movimentações financeiras referentes aos novos sócios, anistiados e transferências de títulos, do período do mandato atual.
O nosso Clube, tem um infeliz histórico de eleições judicializadas. Sempre questionadas e polêmicas. E meu objetivo é reverter esse quadro. Organizando as duas eleições, que serei o responsável no meu mandato, transparentes e inquestionáveis em todos os aspectos.
Por conta disso tenho tentado em todas as situações o caminho do diálogo. Mesmo depois de ter protocolado três cartas na Secretaria, endereçadas ao Presidente Alexandre Campello, solicitando os documentos necessários, sempre sem resposta. Aceitei trabalhar em uma sala de São Januário, com apenas um computador a minha disposição e com todos seus acessos bloqueados.
Na sexta-feira, dia 13 de março, foi o último dia que foi possível trabalhar em São Januário. Logo na semana seguinte foi decretado pelo Governo de Estado a quarentena e o Vasco anunciou, de forma compreensível, que sua Secretaria estaria fechada, trabalhando apenas de forma a distância.
Porém, agora fui surpreendido por matéria publicada no Site LanceNet, no dia 06/05, de que a Secretaria está fechada para atendimento externo, mas trabalhando internamente em rodízio e assim tendo funcionários disponíveis para ajudar na verificação da lista.
Desconhecia tal procedimento. E mesmo agora informado via imprensa desse sistema de trabalho da Secretaria, discordo veementemente em expor pessoas ao contato físico presencial, principalmente sabendo dos crescentes casos de contágio em nossa cidade. Trate-se de um risco absolutamente desnecessário. Quando as recomendações de todas as agências de saúde do Mundo e evitar ao máximo o trabalho presencial. E no caso específico da análise da lista de sócios pode perfeitamente ser feita a distância. Pelos fatos expostos, comunico que por motivos alheios a minha vontade, desafortunadamente, os trabalhos preparatórios para as Assembleias Gerais, encontram-se no momento paralisados.
Rio de Janeiro, 08 de maio de 2020
Saudações Vascaínas
Faues Cherene Jassus
Presidente da Assembleia Geral"
Mussa chegou a ser infectado pelo COVID-19. O presidente da Assembleia Geral vascaína, no entanto, está recuperado.