Os atletas brasileiros têm estranhado o comportamento de alguns juízes nos Jogos Olímpicos de Tóquio. E Maria Portela está inserida neste grupo, isso porque na noite desta terça-feira (27), a judoca não teve um um suposto waza-ari registrado depois de revisão da arbitragem. O que a fez perder para a russa Madina Taimazova, por falta de combatividade, no golden score e dando adeus à Tóquio nas oitavas de final.
Mas um dos mais polêmicos casos envolvendo a arbitragem foi o do Gabriel Medina. Na vantagem até últimos 8 minutos, ele permitiu que o adversário pegasse uma onda a que ele tinha direito e mandasse um aéreo. O gerou o resultado de 9,33 e a vitória para o japonês Kanoa Igarashi.
Na sequencia Medina lutou pelo bronze, precisando de 6,22 para alcançar o pódio ele recebeu apenas um 6 redondo. Após a derrota, as notas foram divulgadas e as redes sociais começaram a se movimentar para discutir o que tinha ocorrido. Inclusive a esposa do brasileiro, Yasmin Brunet, se posicionou afirmando que foi roubo por parte dos árbitros.
Acontece que haviam 5 juízes que na arbitragem da semifinal e que pontuaram a manobra de Igarashi: Luiz Pereira, do Brasil, que deu 9, o neozelandês Daniel Kosoof, com 9,8, o australiano e o francês Benjamin Lowe e Bruno Truch deram 9,5 cada. E por fim, Nuno Trigo Valério, de Portugal, deu a menor nota; 7,5. Igarashi ficou com 9,33 na onda, já que a menor e a maior nota são descartadas antes da média.
O Japão parece estar levando uma vantagem injusta. Já que o mesmo aconteceu com os também estreantes nos Jogos Olímpicos Kelvin Hoefler e Rayssa Leal, que ficaram com o segundo lugar, enquanto que os atletas japoneses subiram no lugar mais alto do pódio. Apesar de não terem executado nenhuma manobra acima da média em grau de dificuldade.
O problema parece acontecer também em esportes olímpicos tradicionais. Já que no judô o waza-ari do também brasileiro Eric Takabatake em cima do coreano Won Jin Kim não foi registrado. O judoca acabou sendo imobilizado, perdendo a luta nas oitavas de final e se despedindo de Tóquio.
No futebol a situação não tem sido diferente. Douglas Luiz foi expulso com nada menos do que 13 minutos de jogo, por interromper uma situação manifesta de gol. E Brasil teve que prosseguir contra Costa do Marfim com um jogador a menos e empatou com o time africano, com o placar de 0 a 0.
Já no boxe o lutador Abner Teixeira o atleta chegou a vencer o britânico Cheavon Clarke nas oitavas de final. Já que após três rounds, 4 de 5 juízes deram vitória para o brasileiro (29-28, 29-28, 29-28 e 30-27), mas para Clarke só um jurado deu 30-27. O que não pareceu ter sentido no momento, porém não foi algo tão grave, pois o brasileiro venceu pela decisão da maioria, mas o público estranhou atitude do arbitro.