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Holanda x Estados Unidos: países lutam para expandir seus horizontes na Copa

Holandeses ajudaram a colonizar região relevante americana. Neste sábado (3), às 12h (de Brasília), seleções medem forças em jogo pelas oitavas de final do Mundial de 2022

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Lance
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O desejo de expandir sua rota e ocupar espaços dos adversários não chega a ser inédito ao se tratar do confronto entre Holanda e Estados Unidos. O duelo das oitavas da Copa do Mundo de 2022., neste sábado (3), às 12h (de Brasília), no Estádio Internacional Khalifa, traz lembranças de outros campos.

INVASÃO HOLANDESA NA AMÉRICA... DO NORTE!

Manhattan
Manhattan Manhattan

Manhattan: região que foi colonizada por holandeses no século XVII (AFP

No início do século XVII, o explorador inglês Henry Hudson viajou a serviço da Companhia Holandesa das Índias Orientais (WIC) e descobriu um rio que mais tarde foi batizado com seu sobrenome. A região foi explorada e, depois de algumas tentativas mal-sucedidas anteriormente, teve início o processo de colonização de uma região localizada na América do Norte.

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Professor de História da Uerj e da UFF, Marcus Dezemone detalhou como aconteceu o assentamento holandês em solo que, posteriormente, faria parte dos Estados Unidos (as Treze Colônias só conseguiram sua independência em 4 de julho de 1776).

- No ano de 1624, famílias começaram a ocupar a ilha de Manhattan. A organização aconteceu graças à Companhia Holandesa das Índias Orientais - disse ao LANCE!.

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Dois anos depois, foi estabelecida uma cidade de origem holandesa em solo americano.

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- A região foi fundada com o nome de Nova Amsterdã por judeus de origem holandesa. Talvez o ponto mais importante deste período tenha sido a convivência entre judeus e protestantes. Houve uma condição de relativa liberdade religiosa. Isto não era observado na América Ibérica (portuguesa e espanhola), que era Católica e inquisitorial - afirmou o historiador.

DE NOVA AMSTERDÃ À BIG APPLE

Nova York
Nova York Nova York

Nova York: um dos destinos escolhidos por colonizadores holandeses (AFP)

O fim do domínio da Holanda em Nova Amsterdã começou a acontecer com a "mãozinha" brasileira. Expulsos de Pernambuco após portugueses retomarem o controle do estado das mãos dos holandeses, 600 judeus proibidos de praticarem sua religião embarcaram em um navio com o intuito de partirem para a Europa.

No entanto, uma tempestade mudou a rota e fez a embarcação ser saqueada por piratas. Após serem resgatados por uma fragata francesa, o grupo foi levado para a Jamaica. No país, que era colonizado por espanhóis, todos seriam presos. Só que a intervenção da Holanda permitiu que eles fossem soltos.

Alguns optaram por ir para a então colônia Nova Amsterdã. Anos depois, a região passou a ser dominada pelo Reino Unido e ganhou outro nome.

- Nova Amsterdã passou a se chamar Nova York em 1664. Os brasileiros que saíram de Pernambuco levaram uma Torá (livro que contém os primeiros livros sagrados do Judaísmo) em português. Atualmente ela está no Museu Judaico de Nova York - recordou-se Dezemone.

Uma colônia de 200 km situada entre Nova York e Albany marcou a presença da Holanda no território que hoje é dos Estados Unidos.

O professor da Uerj e da UFF, Marcus Dezemone, apontou que este período trouxe um grande marco para a história da Holanda.

- O século XVII foi o século de ouro holandês. Houve auge da expansão comercial e da política dos Países Baixos, auge artístico também. O Rijksmuseum em Amsterdã possui diversos registros desse período - disse.

Séculos depois, os holandeses almejam o tão sonhado título da Copa do Mundo para se afirmarem de vez no panteão do futebol. Já os americanos se empenham em mostrar que podem deslanchar nos gramados. Não faltarão desafios nesta nova etapa na Copa do Qatar.

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