Tudo bem, o São Paulo ganhou o Campeonato Paulista de 2021. Mas é evidente que a queda nos pênaltis para o Água Santa, no Estadual deste ano, reabriu velhas feridas não cicatrizes do Tricolor. Pudera. Em dez anos completados da Sul-Americana, último título de expressão, o clube acumulou 14 eliminações. Confira a saga... (por Rafael Ribeiro)
O primeiro tropeço histórico do Tricolor ocorreu logo na tentativa de manter o título da Sul-Americana. O adversário foi a Ponte Preta e o clube conseguiu nos bastidores mudar o jogo de volta de Campinas para Mogi Mirim. Pouco adiantou. Perdeu em pleno Morumbi por 3 a 1 e não saiu de um empate em 1 a 1 no interior.
Em 2014, o clube se classificou em primeiro no seu grupo no Paulistão. Teria como adversário a Penapolense. E a zebra apareceu pela primeira vez no Morumbi. Depois de um empate sem gols, o Tricolor caiu nos pênaltis.
Em uma das maiores vergonhas de sua história, o São Paulo encarou o Bragantino pela terceira fase da Copa do Brasil de 2014. Não era esse Massa Bruta atual, turbinado com aporte de uma empresa de bebidas. Na época, o clube capengava lutando contra o rebaixamento na Série C. E o Tricolor até iludiu. Venceu por 2 a 1 fora de casa. No Morumbi, com um time misto, tomou o 3 a 1 e deu adeus.
Em 2016, as vergonhas voltaram a bater à porta do Morumbi. No Paulistão, o Audax de Fernando Diniz já surpreendera ao se classificar como líder do grupo. Enfrentou o São Paulo em Osasco e meteu 4 a 1, na segunda das quatro eliminações nas quartas de final do Estadual desde que esse formato foi adotado.
O ano não tinha terminado ainda. Pelas oitavas de final da Copa do Brasil, o Tricolor enfrentou o Juventude. Fora de casa, perdeu por 2 a 1. Resultado até que reversível. Mas no Morumbi, o clube só conseguiu ficar no 1 a 0 contra o adversário, na época na Série C. E disse mais um adeus prematuro.
Veio 2017 e o São Paulo tinha motivação no banco de reservas: Rogério Ceni estreava como técnico. Já passando vergonha. Em mais um dos históricos vexames do clube, pegou o modesto Defensa y Justicia. Na Argentina, empate em 0 a 0. No Morumbi, o 1 a 1 classificou os visitantes pelo critério de gols marcados fora de casa.
A Sul-Americana voltou a ser palco de um vexame são-paulino em 2018. O clube encarou o Colón na segunda fase da competição. No Morumbi conseguiu perder por 1 a 0. Na Argentina, até ensaiou uma virada, vencendo pelo mesmo placar nos 90 minutos. Mas nos pênaltis caiu para o modesto time do país vizinho.
2019 já começara amargo para os tricolores. E terminou pior ainda. O clube encarou o Bahia pelas oitavas de final da Copa do Brasil. Perdeu os dois jogos por 1 a 0. E disse mais um adeus antes da hora.
O ano já tinha começado com o pé errado. Logo em fevreiro, o São Paulo sofreu a 'mãe de todas as suas derrotas'. Enfrentou o Talleres pela primeira fase da pré-Libertadores. Caiu na Argentina por 2 a 0. Na volta, mesmo com um Morumbi lotado, não conseguiu sair de um 0 a 0 e repetiu o vexame do rival Corinthians de anos antes, ante o Tolima.
Nada é tão ruim que não possa piorar. Em 2020, o São Paulo se classificou como líder do grupo no Paulistão. O campeonato parou por conta da Covid-19. Na volta, enfrentaria um esfacelado Mirassol, que remendou o time por conta da pausa. Resultado: tomou 3 a 2 em pleno Morumbi. A terceira eliminação das quatro sofridas nas quartas do Estadual.
Nem só de mata-mata vivem as vergonhas são-paulinas. Na LIbertadores de 2020, o clube sofreu derrotas históricas, incluindo uma para o desconhecido Binacional. E caiu pela primeira vez em mais de 25 anos na primeira fase da principal competições continental.
Pensa que 2020 acabou? Lógico que não. A terceira colocação no grupo deu ao clube a vaga na Sul-Americana. E veio mais um vexame. Ainda na segunda fase, o Tricolor encarou outro argentino modesto: o Lanús. E somou sua terceira eliminação. Caiu após vencer no Morumbi, reverter a desvantagem da ida, mas não foi páreo nos pênaltis.
O último tropeço tricolor desta lista veio em 2021. Diante do Fortaleza, nas quartas de final da Copa do Brasil daquela temporada, o clube não foi páreo. Empatou em 2 a 2 no Morumbi e perdeu por 3 a 1 fora de casa, deixando mais uma vez o maior mata-mata do futebol nacional.
