Futebol Sempre azarões? Inter de Milão não chega como favorita para final da Champions, assim como em 2010

Sempre azarões? Inter de Milão não chega como favorita para final da Champions, assim como em 2010

Relembre com o L! o último título da Nerazzurra na competição continental

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No próximo sábado (10), às 16h (horário de Brasília), Inter de Milão e Manchester City disputam a decisão da Champions League no Estádio Olímpico de Atatürk, em Istambul, na Turquia. O jogo pode marcar a primeira conquista dos Citizens na competição ou o tetracampeonato da Nerazzurra, que quer encerrar um jejum de 13 anos sem a conquista.

Apesar de já ter levantado a taça, diferente da equipe adversária, a Inter chega com um status de "zebra" para a final. O City fez temporada dominante na Inglaterra e já conquistou a Premier League e a Copa da Inglaterra, sonhando com a Tríplice Coroa. A Inter, por sua vez, conquistou a Copa da Itália, mas não repetiu o feito no Campeonato Italiano. Porém, foi com o mesmo posto de azarão que o clube chegou à sua última conquista de Champions. Por isso, o LANCE! relembra a campanha do título continental em 2010.

TRAJETÓRIA COMPLICADA
Na Champions de 2009-10, as complicações para a Inter tiveram início logo no primeiro sorteio. Pela frente, os atuais campeões da competição: o Barcelona de Pep Guardiola. O Rubin Kazan e o Dínamo de Kiev completaram o grupo F. A equipe italiana terminou na segunda colocação, não conseguindo vencer o Barça em nenhuma das duas ocasiões. O destino, porém, ajudaria os comandados do "Special One" José Mourinho um pouco mais à frente.

Antes, nas oitavas, os Nerazzurri teriam um difícil confronto com o Chelsea, mas conseguiram duas vitórias. O roteiro se repetiu contra o CSKA Moscou, nas quartas, com dois triunfos pelo placar mínimo. Nas semifinais, Mourinho e Guardiola se reencontrariam em um grande duelo. No Giuseppe Meazza, o português doutrinou e conseguiu vencer por 3 a 1. No Camp Nou, os catalães venceram por 1 a 0, mas não conseguiram tirar a vaga das mãos dos italianos, que celebraram na Espanha.Mourinho vibra com classificação no Camp Nou (Foto: FILIPPO MONTEFORTE / AFP)

SEM FACILIDADE
A Inter chegou à final da Champions em 2010 com as mesmas condições da temporada atual: vencendo a Copa da Itália, mas sem repetir as mesmas atuações no Italiano, se contentando com uma vaga no G4. Pela frente, teria o Bayern de Munique, que sonhava em findar um jejum de quase uma década sem a Orelhuda. Tendo eliminado Fiorentina, Manchester United e Lyon para chegar à final, os bávaros tinham condição de favorito contra um time que não sabia o que era chegar a uma final de Champions havia quatro décadas.

O Bayern do holandês Louis van Gaal entrou em campo com: Butt; Lahm, Van Buyten, Demichelis e Badstuber; Van Bommel e Schweinsteiger; Robben, Müller e Altintop; Ivica Olic. A formação da Inter de Mourinho era: Júlio César; Maicon, Lúcio, Zanetti e Chivu; Zanetti, Cambiasso e Sneijder; Eto'o, Milito e Pandev.

COMEÇO EQUILIBRADO
O primeiro lance de perigo do jogo foi do Bayern. Pela direita, Robben fez linda jogada individual, limpando a marcação de dois jogadores, e tocou para trás. Olic ganhou da marcação, mas bateu desequilibrado de perna direita e errou o alvo. A Inter responderia minutos depois, e de longe. Pandev sofreu falta ainda na intermediária, cometida por Van Bommel. Sneijder foi para a cobrança e arriscou a finalização; Altintop tentou cortar de cabeça e só acelerou a bola para trás, mas Butt conseguiu reagir rápido e espalmar para o lado.

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Robben novamente ofereceria perigo por parte dos alemães na primeira etapa. O ainda jovem Thomas Müller recebeu bola pelo alto na entrada da área e tentou um drible. O brasileiro Lúcio ergueu o pé e tirou a bola de seu controle, empurrando para o holandês, que acertou bela finta de corpo em Chivu e tentou emendar, mas isolou.

O PRÍNCIPE ABRE A CONTAGEM
O primeiro golpe dos italianos viria aos 35 minutos. Em chutão do goleiro Júlio César de perna esquerda, a bola caiu no campo ofensivo na direção de Diego Milito, que testou para o lado. Sneijder dominou e viu o giro do centroavante argentino sobre a marcação, achando um passe açucarado. Milito dominou, atrasou a passada, viu a marcação chegando e bateu com o bico da chuteira, no alto, sem chances para o arqueiro Butt. O herói da final dava seu primeiro passo rumo à imortalidade.

Ainda na metade inicial, o presente seria devolvido. Milito conduziu a bola pela esquerda e achou a entrada do meia holandês no centro da zaga. O passe foi milimétrico, mas a finalização acabou saindo nos pés do goleiro bávaro. Na segunda etapa, foi a vez do Bayern perder grande chance da mesma forma. Altintop recebeu pelo meio com a defesa italiana aberta e achou a entrada de Müller pela direita. O camisa 25 bateu forte, mas Júlio César deixou a perna esquerda no contrapé e salvou.

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A válvula de escape do Bayern era pelo lado direito com Robben. O camisa 11 não fugia da responsabilidade e arriscou linda jogada passando pelo meio de dois adversários, sendo parado com falta lateral de Chivu. O próprio Robben foi para a cobrança e bateu forte na direção do gol. Milito tentou cortar, a bola bateu em Van Buyten e sobrou na área para Müller, que emendou de direita. A bola tinha endereço, mas Cambiasso saltou e cortou de cabeça. Minutos depois, o holandês novamente foi acionado, encarou a marcação e bateu colocado, para voo e grande defesa de Júlio César.

SÚDITOS DE UM NOVO REI
Aos 25 minutos, o golpe de misericórdia de um príncipe que se tornou rei. Milito recebeu pela esquerda ofensiva em contra-ataque. Eto'o passou dando opção pelo meio, mas o dia era do argentino. Diego encarou a marcação de Van Buyten, limpou para a direita e rapidamente voltou para a perna esquerda, entortando o defensor neerlandês. Com espaço pela frente, o atacante ainda teve tempo de trazer novamente para o pé direito e tirar de Butt, fechando o caixão de um Bayern que se tornaria inofensivo nos minutos seguintes e se deu por vencido. Triunfo de Mourinho em um Bernabéu que viria a ser seu palco na temporada seguinte, quando assumiu o Real Madrid de Cristiano Ronaldo.Milito e Mourinho celebram conquista da Champions (Foto: Reprodução)

13 anos depois, a Inter volta a uma final de Champions enfrentando o Manchester City no Olímpico de Atatürk. Com Simone Inzaghi à frente da equipe, os novamente azarões de uma decisão entram em campo às 16h buscando o quarto título em sua história.

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