Polícia afirma que briga entre torcidas do América e Olaria foi provocada por 'grandes'

Os atos violência ocorridos nos arredores do Estádio Giuluite Coutinho, em Mesquita, na Baixada Fluminense, durante a partida entre América e Olaria, pela Série B do Campeonato Carioca, na noite da última quarta-feira, quando três pessoas foram feridas - com uma delas perdendo a mão depois de ser atingida por um rojão, teria sido marcado previamente entre torcedores dos grandes clubes cariocas. Cerca de 100 indivíduos teriam participado do confronto. As informações são da Polícia Militar.

- Na briga não tinha torcedores do América, nem do Olaria. O confronto foi formado por torcedores do Vasco contra um outro grupo de times rivais. Com a repressão da polícia nos jogos dos grandes, eles estão migrando para os jogos de times menores - afirmou o tenente-coronel João Fiorentini, comandante do Grupamento Especial de Policiamento de Estádios (Gepe), ao site Guarulhos Web.

O jovem Jeferson do Nascimento Graton, de 23 anos, teria, de acordo com as primeiras investigações, sido o responsável por acionar o rojão com a intenção de atingir os rivais durante a briga. No entanto, o artefato explodiu em uma de suas mãos, que precisou ser amputada. Luiz Gustavo Souza Bonfim, de 18 anos, outro suspeito, sofreu ferimentos em um dos olhos, pois estava próximo a Jeferson no momento do ocorrido. De acordo com a publicação, o tenente-coronel afirma que os dois torcedores feridos são vascaínos. Um terceiro torcedor foi atingido por um tiro de raspão.

A mesma versão da Polícia Militar é defendida pelo presidente do Olaria, que lidera o Grupo B da Série B Estadual, apesar da derrota em campo para os americanos na noite da briga, pelo placar de 3 a 2.

- Não sei o que aconteceu. Estava dentro do estádio. Não ouvi nada. Não vi nada. Os torcedores do América e do Olaria que foram lá para ver o jogo estavam nas arquibancadas. O jogo estava caminhando da metade para o fim o do primeiro tempo quando aconteceu este fato lamentável. Esse pessoal perdeu completamente a noção. Fiquei sabendo que marcaram encontro pela internet para brigar e que são torcedores infiltrados. Não sabemos nem mesmo se são ou não torcedores do Olaria. Dizem que são, mas eu não sei que são. Se fossem torcedores estariam no campo torcendo - disse Augusto Pinto Monteiro, o Pintinho, ao LANCE!

Nesta quinta, ambos os clubes publicaram, em seus respectivos sites, notas em que repudiam a violência ocorrida na partida e no futebol. Nenhum dos envolvidos, exceto os dois feridos, foram presos. A Polícia busca testemunhas e imagens para tentar elucidar o caso.