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Fisioterapeutas explicam rotina de Duda e Ana Patrícia, ouro nas Olimpíadas

Vôlei de praia é uma modalidade que exige muito fisicamente

Lance

Lance|Do R7


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Com a dupla Duda e Ana Patrícia, o Brasil voltou a conquistar o ouro no vôlei de praia após 28 anos. As atletas, que são número 1 do mundo, venceram a dupla canadense Melissa Humaña-Paredes e Brandie Wikerson por 2 sets a 1 (26-24, 12-21, 15-10). Assim, as jogadoras se juntaram à Sandra Pires e Jaqueline Silva, que ficaram no topo do pódio nos Jogos Olímpicos de 1996, em Atlanta, ano de estreia da modalidade. Agora, o país soma oito medalhas na categoria, com dois ouros, quatro pratas e dois bronzes.

Um dos fatores responsáveis pelo sucesso da dupla foi a fisioterapia esportiva. De acordo com André Venturine, fisioterapeuta esportivo associado à SONAFE Brasil - Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva e Atividade Física, que atua diariamente com as duas atletas, o vôlei de praia exige muita potência, por isso é fundamental realizar um trabalho focado em aprimorar a resistência física.

- O vigor físico é extremamente necessário para aguentar o elevado número de saltos e sprints. Pensando em membros superiores, a sobrecarga é grande, pois é um esporte em que os ombros sofrem bastante durante a temporada. Além disso, as atletas jogam constantemente em altas temperaturas, o que favorece o desgaste muscular. Por isso, é essencial sempre um bom condicionamento, boa hidratação e um grande equilíbrio nas cargas de treino - explica o profissional.

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A dupla realiza seus treinamentos no Praia Clube, em Uberlândia, MG. Ambas possuem horários fixos suas vezes por semana para realizar relaxamento muscular, em sessões distintas. Quando ocorre alguma lesão ou sobrecarga, essa frequência passa a ser diária, sendo necessária até mesmo a realização de duas sessões em um único dia. Em campeonatos, a fisioterapia é diária, sempre após a última sessão de treino/jogo do dia, ajustando pontos da prevenção com o fortalecimento muscular, além do trabalho de controle de carga.

Para os Jogos Olímpicos, as atletas realizaram um trabalho fechado, apenas com a comissão técnica, focado em aumentar a concentração para o torneio.


- Precisávamos entrar no clima da competição e realizar os ajustes necessários. Havia uma grande preocupação em blindar as duas da pressão externa. Porém, estávamos confiantes, principalmente por conta dos resultados que construímos durante o ciclo olímpico, vencendo o circuito mundial duas vezes, conquistando o campeonato brasileiro, o Pan-Americano e a Copa do Mundo. Se tinha uma dupla que estava preparada, era a nossa. Haviam algumas inseguranças, pois a Ana Patrícia está em processo de tratamento de uma hérnia de disco, mas conseguimos controlar tudo para que ela pudesse treinar e jogar - relata André.

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A celebração após a conquista do ouro foi grande, conforme comenta o fisioterapeuta.

- Ficamos em êxtase, foi um choro só. Foram dias muito duros, 2 anos e 8 meses intensos, dupla recém-formada, muita cobrança e pressão, mas ainda assim entregamos tudo. Então, após o pódio, veio aquela sensação de dever cumprido, um enorme alívio e uma alegria contagiante de ver as meninas felizes, recebendo toda a atenção que sempre merecemos. Fizemos história - celebra.

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Outro membro da comissão técnica da dupla, Eduardo Ruhling, fisioterapeuta da Confederação Brasileira de Voleibol e sócio da SONAFE Brasil, que esteve presente com as jogadoras em Paris, também relatou o momento da conquista.

- Muita festa e gratidão. Quando vemos a medalha de ouro no peito de atletas que cuidamos, logo vem a sensação de dever cumprido. Tanto a Ana quanto a Duda deixaram bem claro que não estariam lá sem a ajuda da fisioterapia esportiva. Isso nos enche de orgulho - ressalta o profissional.

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