Cofundadora do FutJur, Carina Ceroy ressalta importância das mulheres no ambiente esportivo
Ao lado dela, Roberta Fernandes e Maíra Roriz são as mulheres da edtech
Lance|Do R7

A força feminina é destacada em diversas áreas da vida, seja pessoal ou profissional. No entanto, em uma delas, as mulheres ainda não têm a voz desejada: no esporte. No especial de Dia da Mulher, data que foi comemorada na semana passada, o Lance! voltou suas atenções ao FutJur, que tem um trio feminino no comando da edtech, e conversou com Carina Ceroy.
➡️Siga o Lance! no WhatsApp e acompanhe em tempo real as principais notícias do esporte
Ex-diretora de comunicação do Fluminense e uma das cofundadoras do FutJur, Carina falou sobre a importância de ter mulheres em um meio tão masculino e também como a edtech tem contribuído para uma mudança de cenário😘
- O FutJur já soma mais de 500 alunos em quase cinco anos de existência (iniciamos em agosto de 2020), e as mulheres começaram representando 21% de nossos cursos. A procura vem crescendo a cada turma e hoje elas representam um pouco mais de 32%. Não é novidade que o mundo do futebol é predominantemente masculino, mas as mulheres estão cada vez mais indo ao encontro deles - e não contra eles! - ressaltou a profissional, que é formada em Administração de Empresas com foco em Finanças.
Devido às dificuldades no meio por parte das mulheres, Carina destacou que o papel da FutJur é elevar a qualidade dos nossos profissionais e também como dar iguais condições de acesso.
- Sabemos que muitas de ainda encontram barreiras que os homens não encontram. Porém, fica uma reflexão: se nos apegarmos apenas a essa afirmação, que tipo de melhoria teremos? Será que a busca por qualificação, por uma boa e constante rede de contatos bem trabalhada e ideias criativas e úteis ao mercado não são mais efetivas? Acreditamos que sim.
Para ela, além do conhecimento teórico, o principal aliado para a inserção feminina no meio esportivo é a utilização de exemplos de sucesso, como de Roberta Fernandes. Ao lado de Carina, a profissional é cofundadora do FutJur e também diretoria jurídica do Fluminense há 19 anos. Além disso, foi a primeira mulher a ocupar um cargo de CEO em um clube brasileiro durante os anos de 2013 e 2017.
- Entendemos que dessa forma, aliada a exemplos de sucesso, que ainda são poucos mas existem, como o da nossa cofundadora Roberta Fernandes - Diretora Jurídica do Fluminense há 19 anos e 1ª mulher a ocupar o cargo de CEO em um clube de futebol no Brasil durante os anos de 2013-2017 - conseguiremos promover debates, encontros, mostrar com atitudes e não apenas com reivindicações, que o lugar da mulher é onde ela quiser e que viemos pra ficar.
Além de Roberta e Carina, outra referência feminina no meio esportivo se juntou ao time, tornando o FutJur uma referência às mulheres que desejam atuar na área: Maíra Roriz, advogada da SAF Botafogo.
- Há quase um ano tivemos a entrada de mais um reforço para o time feminino do FutJur Academy com a chegada da advogada da SAF Botafogo, Maíra Boshoff, e nos tornamos maioria em um projeto que tem como um de seus objetivos inspirar outras mulheres a seguirem os nossos caminhos, abrindo espaço para que elas não precisem enfrentar as mesmas dificuldades que enfrentamos em nossos inícios - completou.
➡️Cristiane aponta desafios no futebol feminino, fala sobre preconceito e aconselha novas gerações
Embora o trio tenha enfrentado resistência no começo da carreira, conseguiu dar a volta por cima e deseja ensinar a todos, homens e mulheres, que não deve haver distinção no mercado no dia-a-dia das aulas. Além delas, o FutJur tem André Galdeano, gerente Jurídico de Futebol do Flamengo, e João Paulo Di Carlo, Coordenador Jurídico na CBF.
Ao olhar para o futuro próximo, Carina trouxe o principal motivo para ter cada vez mais a inserção de mulheres no meio esportivo: a Copa do Mundo Feminina em 2027. Com as disputas sendo realizadas no Brasil, o objetivo do FutJur é trazer mais aliadas ao projeto a fim de dar voz ao esporte e também às advogadas.
A profissional ainda deixou uma reflexão àquelas que, por receio de sofrer preconceito, não atuam na área e um convite a todas que desejam se juntar ao direito desportivo e diminuir a diferença entre homens e mulheres trabalhando juntos no meio.
- Teremos a Copa do Mundo Feminina em 2027 em nosso país. O momento para o debate em torno da mulher no futebol, para muito além do campo, nunca foi tão propício. Por isso, nossa proposta é: vamos olhar para o que está melhorando aos pouquinhos, e quando a Roberta começou não existia, e vamos colocar tração para aumentar as rodas de debates? Todavia, nosso olhar é propositivo, um olhar para o futuro - dificuldades sempre existiram e sempre existirão. Vamos colocar nossa energia no que é possível mudar para melhor. Acreditamos que a mulher pode e merece mais, então vamos por essa busca….com energia no que pode e deve ser próspero.
Conheça o FutJur Academy
Criada em 2020, a edtech voltada ao Direito Desportivo tem como o objetivo promover a educação desportiva. A ideia é que os profissionais estejam aptos para trabalhar diretamente com clubes, mas também nesta área restrita.
Com a proposta de transformar a paixão em conhecimento jurídico especializado, a preocupação dos sócios surgiu com o mercado, principalmente devido ao aumento de SAFs no Brasil.
- Criamos o FutJur, uma EdTech voltada ao Direito Desportivo, que promove a educação nesta matéria essencial ao futebol. Podemos imaginar um jogador chegando em um clube e não teddo um contrato ou um registro, por exemplo? Nossos professores dão a chance de advogados e advogadas entrarem para o mercado nas mesmas condições, mostrando através da vivência prática de décadas em seus clubes, como é possível manter-se em um ambiente tão concorrido - disse Carina.
Por trás do FutJur