CBF perde cadeira no Conselho da Fifa e presidente da AFA assume o cargo
Brasil tem hegemonia de quase três décadas com conselheiros na entidade máxima do futebol; ainda haverá uma eleição definitiva
Lance|Do R7

A Conmebol oficializou no fim da tarde desta segunda-feira (19) que o presidente da Associação Argentina de Futebol (AFA), Claudio ‘Chiqui’ Tapia, assumirá de forma interina até 2027 a cadeira no Conselho da Fifa. A decisão foi tomada pela instituição sul-americana após o afastamento de Ednaldo Rodrigues da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que mantém a titularidade do posto desde a gestão Ricardo Teixeira.
Segundo comunicado da Conmebol, a troca de peças foi feita com a aprovação unânime do Conselho da Confederação Sul-Americana de Futebol, em reunião realizada na manhã desta segunda-feira. Entre os votantes, a CBF foi a única ausente, apesar de ser sido convocada pela entidade continental. Desde o afastamento de Ednaldo, a instituição máxima do futebol brasileiro tem Fernando Sarney, vice da gestão Ednaldo, como interino.
A tomada de decisão acontece diante do cenário de crise na CBF, que ainda aguarda definição do seu próximo representante eleito. Até então, o médico de formação Samir Xaud é o nome a assumir o cargo, já que foi o único a apresentar uma candidatura ao cargo. O candidato foi eleito para assumir a Federação Roraimense de Futebol (FRF), mas ainda não ocupou o cargo. Ele não chegará a assumir a posição já que assumirá a CBF.
Eleições definitivas para o Conselho da Fifa
A eleição do novo presidente da CBF é para o ciclo entre 2025 a 2029, o que indica que a nova eleição do conselheiro da Conmebol na Fifa acontecerá com Xaud à frente da entidade brasileira. Porém, nem o novo presidente e nem Claudio Tapia têm garantia de quem seguirá à frente na cadeira.
A escolha do novo representante pode representar a quebra de uma hegemonia de quase três décadas do Brasil como representante da Conmebol no Conselho da Fifa. O conselho sula-mericano ainda tem outros três representantes, o uruguaio Ignacio Alonso, Ramón Jesurun, da Colômbia, e Maria Sol Muñoz, equatoriana.
Historicamente, os brasileiros têm resistido às mudanças bruscas no comando da instituição, como aconteceu na saída do próprio Ricardo Teixeira e outras trocas de comando cercada de polêmicas, a exemplo de José Maria Marin, Marco Polo Del Nero e Rogério Caboclo. Entretanto, dessa vez, a Conmebol optou por não dar continuidade à sequência do Brasil e, por isso, o atual presidente interino, Sarney, não passou a ocupar o posto.