Capitão do Auckland City projeta o Mundial e oferece auxilio inusitado a Harry Kane
Adam Mitchell divide seu tempo entre treinos no Auckland e carreira imobiliária
Lance|Do R7

Aos 28 anos, Adam Mitchell vive um daqueles momentos em que o futebol realiza sonhos improváveis. Nascido em Auckland, ele traz no sangue o orgulho das raízes europeias, mas é na Nova Zelândia que sua história realmente floresceu. Em entrevista à FIFA, o capitão do Auckland City falou sobre a expectativa para o Mundial de Clubes. Além disso, o zagueiro, que também é corretor de imóveis na Nova Zelândia, fez uma oferta inusitada a Harry Kane.
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Desde pequeno, inspirado pelo irmão mais velho e incentivado por um pai apaixonado por futebol, Mitchell subiu rapidamente pelos níveis juvenis, até chegar às seleções sub-17 e sub-20 da Nova Zelândia. A carreira o levou até a tradicional Red Star Belgrade, na Sérvia, passando também por clubes da Eslovênia e pela Inglaterra, até que aos 24 anos, decidiu voltar para casa.
- Eu poderia continuar correndo atrás de contratos, mas queria jogar com regularidade. E não há lugar melhor do que casa - confessou o atleta.
Um clube de bairro com espírito de família
O Auckland City não é um clube como os outros. Com raízes profundas na comunidade, o time tem sede no acolhedor estádio Kiwitea Street, onde o próprio tio de Mitchell ajudou a construir o clube — literalmente, com blocos de cimento.
- É um clube familiar. Todo mundo se conhece. Ver o troféu do Mundial de Clubes chegar naquele salão que meu tio ajudou a erguer é surreal - contou Mitchell.
Um sonho (quase) impossível: Bayern, Boca e Benfica
Mitchell e seus companheiros se preparam para disputar o Mundial de Clubes da FIFA de 2025, em sua nova e ambiciosa versão com 32 equipes. O Auckland City representará a Oceania e terá pela frente nada menos que Bayern de Munique, Boca Juniors e Benfica na fase de grupos.
- Nós sabemos o tamanho do desafio. Nunca imaginei ver meu nome na mesma frase que o Bayern, e agora vamos jogar contra eles. Mas, no fim das contas, são 11 contra 11. A gente vai dar tudo de nós - comentou o jogador.
O jogador também contou que a preparação inclui ajustes táticos e muita pesquisa.
- Se você olhar meu celular, só tem pesquisa sobre esses clubes. Estou me preparando como nunca - revelou o zagueiro.
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Viagem aos EUA
Apesar de nunca ter pisado nos Estados Unidos, Mitchell está empolgado não só com o futebol, mas com a chance de viver um pouco do país das séries e filmes.
- Sou fã da série Friends, então vai ser legal ver algumas coisas icônicas, mesmo que Manhattan esteja fora do nosso roteiro - disse o capitão.
Duas profissões
Fora das quatro linhas, Mitchell é corretor de imóveis, atuando lado a lado com o pai em Auckland. Ele admite que as viagens dificultam o trabalho comissionado, mas garante que sempre está atento aos clientes — até mesmo nos intervalos das concentrações.
- Se o Harry Kane quiser uma casa na Nova Zelândia, eu sou o cara certo. Já estou pronto para entregar um cartão de visita se ele cruzar comigo em campo - brincou Mitchell.
Um clube amador com alma profissional
Auckland City chega ao Mundial como o único time completamente amador entre os gigantes milionários. Ainda assim, não falta espírito, união e, principalmente, paixão. Para Adam Mitchell, cada minuto em campo será um recado ao mundo:
- Somos o símbolo de todo time amador que sonha alto. Sabemos das dificuldades, mas vamos com o coração cheio. Porque quando se tem paixão e coragem, qualquer coisa pode acontecer - afirmou o jogador.