Argentinos respondem post da seleção contra racismo com macacos e nazismo
Federação emitiu comunicado para evitar atos racistas no clássico sul-americano
Lance|Do R7

A AFA (Associação de Futebol Argentino) divulgou uma mensagem contra o racismo em suas redes sociais. A mensagem era direcionada aos torcedores e faz parte de uma campanha para evitar que aconteçam crimes de preconceito no duelo entre Argentina e Brasil nesta terça-feira (25), em Buenos Aires.
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O comunicado dividiu os torcedores, enquanto alguns defendiam a ação da AFA, houve também diversas mensagens com discurso de ódio, incluindo apologia ao nazismo.
Preocupação
Historicamente, jogadores brasileiros são alvo de racismo em partidas na América do Sul, e o clima está ainda mais tenso neste ano. Os clubes do Brasil cobraram ações da Conmebol após Luighi, atacante do Palmeiras, ser vítima de gestos racistas em um jogo da Libertadores Sub-20 contra o Cerro Porteño, no Paraguai.
Leila Pereira, presidente do Palmeiras, chegou a dizer que os brasileiros deviam sair da Conmebol e se filiar à Concacaf. Alejandro Domínguez, presidente da federação sul-americana, piorou a situação ao responder que a organização sem os brasileiros seria como "Tarzan sem Chita", uma analogia envolvendo um macaco do desenho da Disney, no sorteio da Libertadores realizado neste mês.
Com um clima de impunidades, os brasileiros temem a partida contra os argentinos em Buenos Aires. Pressionada, a Conmebol convocou uma reunião com os presidentes dos dez países que integram a confederação para debater questões envolvendo racismo no futebol sul-americano.
A partida
Brasil e Argentina se enfrentam nesta terça-feira (25), às 21h (de Brasília), no Monumental de Nuñez, em Buenos Aires. A equipe de Lionel Scaloni lidera as Eliminatórias Sul-Americanas com 28 pontos, enquanto os comandados de Dorival Júnior são os terceiros colocados com 23 pontos.