ANÁLISE: Botafogo quebra marcas contra o Cuiabá que escancaram resultado frustrante
Glorioso finalizou 28 vezes, mas não conseguiu estufar as redes no Nilton Santos
Lance|Do R7
O Botafogo empatou em 0 a 0 com o Cuiabá, neste sábado (9), no Nilton Santos, pela 33ª rodada do Campeonato Brasileiro. Apesar de ter tomado as rédeas da partida, ter criado e finalizado mais, a equipe de Artur Jorge não conseguiu quebrar a linha de defesa do adversário e viu a vantagem para o vice-líder cair para quatro pontos na reta final do campeonato.
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Embalado por uma grande vitória no clássico contra o Vasco, a partida contra o penúltimo colocado parecia não causar muitos problemas. Mas, a partir do apito inicial, a preocupação foi crescendo a cada minuto. O Glorioso, como de costume, impôs seu ritmo intenso, troca de passes com rapidez e manteve a posse de bola. Mas, agora chegar na grande área, o time alvinegro se via sempre bem marcado.
Não da para dizer que o gol não saiu por falta de tentativas. Foram 28 finalizações, contra apenas quatro da equipe auriverde. Essa foi a partida com mais chutes ao gol do clube carioca durante toda a temporada. Para efeito de comparação, na goleada de 5 a 0 sobre o Peñarol, pela Libertadores, o Glorioso finalizou 22 vezes.
Além das finalizações, o Alvinegro alcançou números expressivos na posse de bola durante a partida: 74%. Um recorde da equipe em 2024. Foram cerca de 648 passes trocados, com 89% de precisão. Por outro lado, também foi a partida com mais chances claras perdidas: seis.
Os donos da casa fizeram de tudo. Com direito a bola tirada na linha, bola na trave e chutes que passaram tão perto que chegaram a fazer o Nilton Santos gritar gol. O treinador alvinegro tirou o meia Almada e colocou Júnior Santos, colocando o time para frente, com quatro atacantes. Em seguida, tirou Savarino e colocou Tiquinho Soares para renovar o fôlego ofensivo. Sem sucesso.
Após a partida, Artur Jorge exaltou o desempenho do time em não desistir de atacar e tentar abrir o placar durante todo o tempo. O treinador afirmou que o resultado foi injusto pelo o que foi produzido pelo Botafogo, mas ressaltou que ficou satisfeito com o desenvolvimento dos jogadores.
– Tentamos ter finalizações, tentamos chegar com a bola ao último terço. Claro que ficamos mais expostos. As posições do adversário, percebemos isso, mas fomos sempre muito competentes nesse processo defensivo também. A equipe esteve sempre equilibrada e reativa àquilo que eram as saídas do adversário, portanto conseguimos estar bem posicionados para isso, mas não foi o dia de fazer o gol hoje. O resultado é aquilo que fica, é aquilo que fica como registro, mas no todo, satisfeito com o desenvolvimento dos jogadores, porque, volto a dizer, tentamos de várias formas chegar à vantagem e o resultado não é de todo justo para aquilo que nós produzimos.
A frustração vai além do 0 a 0, e passa, principalmente, por ter deixado a vantagem de pontos para o vice, Palmeiras, cair para quatro pontos na reta final do campeonato. O Botafogo tem chance de se consagrar campeão justamente contra o Alviverde, no Allianz Parque, no dia 26. Mas, para isso, precisa chegar para o duelo com seis pontos de vantagem.
Os próximos confrontos serão decisivos para definir o rumo dessa reta final: contra o Atlético-MG, na Arena MRV, e o Vitória, em casa. A maior preocupação fica para o duelo contra o Galo, já que Artur Jorge terá dúvidas para escalar o time titular a depender da Data Fifa. As seleções jogam no dia 19, e o Botafogo no dia 20. Mas, a verdade é que o cenário é favorável e privilegia o líder, que precisa fazer apenas o 'trabalho de casa' para ser campeão.
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