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10 anos do 7 a 1: trauma ou indiferença? Lance! consulta torcida, especialista e até a ciência

As marcas do resultado mais surpreendente das Copas. E o placar aponta 4 a 0 Alemanha

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Lance|Do R7

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O 7 a 1 não só encerrou o sonho do sexto título mundial da Seleção Brasileira, mas escancarou a realidade do futebol brasileiro, que se escorava em glórias passadas enquanto era ultrapassado pelos rivais. Um choque de realidade que mexeu com jogadores, treinadores, dirigentes e a torcida de diferentes maneiras.

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À vista disso, a reportagem do Lance! foi às ruas para entender com torcedores, especialistas e até um profissional de saúde, as variadas consequências do resultado mais surpreendente não só da história da Seleção, mas de todas as Copas do Mundo.

Voz da torcida


Para a grande maioria, a derrota da Amarelinha em 2014 foi o maior vexame da história do futebol — seja em clubes ou seleção. Uma prova disso é resposta da torcida brasileira, que até hoje reage de forma adversa ao resultado.

"Pior derrota da história" e "massacre" são comentários que atuam como uma espécie de unanimidade no imaginário popular. Críticas ao desempenho também são comuns, e um cenário de "mudança de chave" é visto com desconfiança.


O que a ciência tem a dizer sobre o 7 a 1?


Segundo o psiquiatra Elton Kanomata, do Hospital Albert Einstein, um evento como este desestabiliza emocionalmente os atletas. Assim como uma preparação física adequada, os jogadores da Seleção Brasileira precisavam de acompanhamento psicológico para mitigar os danos do trauma.

— Um resultado como esse pode gerar níveis variados de angustia, ansiedade, tristeza e até mesmo sintomas depressivos. Então, caso eles não tenham realizado um trabalho prévio, a tendência é que isso se sustente por um longo período, principalmente quando retornarem a um evento como a Copa do Mundo — disse.

— Após uma derrota como essa, é fundamental realizar um trabalho intenso com profissionais da psicologia do esporte, onde serão trabalhadas questões como autoestima, inseguranças e medos — completou.

Em resumo, investir na saúde mental não é apenas uma vantagem competitiva, mas também uma garantia de consistência e sucesso a longo prazo.

"Realidade nua e crua"

Comentarista da Fox Sports à época, a jornalista Marília Ruiz relembrou a análise do confronto e explicou as consequências do resultado para a atual realidade da Seleção Brasileira.

— Eu estava comentando a partida ao vivo. Aos dez minutos, os arquivos não me deixam mentir, falei que se o Felipão não mudasse, o Brasil tomaria de cinco. Acertei em partes, porque isso foi só no primeiro tempo. Tenho a impressão que a derrota não foi dolorida, foi vexatória. Uma geração mimada, bocó e superestimada assumiu o papel de “equipe de parças” e se fechou para o óbvio — analisou.

Para a analista, revisitar aquele 8 de julho de 2014 é um choque de realidade sobre o nível do futebol brasileiro em comparação com as outras potências mundiais no esporte.

— Não, o Brasil não tem monopólio do futebol. Somos bons, temos ótimos jogadores, somos sempre candidatos a título: e só. Para passar de candidato a campeão é necessário mais senso de competição, de coletividade e de espelho. Os jogadores da Seleção Brasileira gostarem de estar na Seleção: é muito diferente de gostarem da Seleção. Nisso os principais rivais estão muito à frente. Muito — completou.

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