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Tudo por Cuéllar: Vasco cria saia-justa na SAF e deve desistir da compra de Sforza

Diretoria do Vasco fez proposta pela compra de volante do Newell's, mas 777 não deu ok para o investimento. Entenda os bastidores

Jogada 10

Jogada 10|Do R7

Foto: Reprodução/Instagram
Foto: Reprodução/Instagram Jogada 10

A SAF do Vasco se envolveu em uma situação, no mínimo, curiosa esta semana. Após enviar a proposta para a compra do volante Juan Sforza, do Newell’s Old Boys-ARG, o clube deve recuar e desistir do negócio. Tudo porque a fonte da grana, a 777 Partners, não deu aval para o investimento de 5 milhões de dólares (hoje, R$ 24.8 milhões). E isso tem associação direta com o interesse em Gustavo Cuéllar.

Quando Sforza entrou na mira, depois de sugestão do departamento de scout e da comissão técnica, ainda não havia um movimento claro para tentar contratar o colombiano, que atua na mesma posição. Ao ouvir de Cuéllar seu desejo de voltar ao futebol brasileiro e trabalhar com Ramón Díaz, o Vasco o tornou prioridade. Como ele tem vínculo até 2026 com o Al Shabab, dos Emirados Árabes Unidos, será necessário abrir os cofres para trazer o jogador de 31 anos. Assim, a operação por Sforza, de 21, tende a ser cancelada. Quem levantou a informação, primeiramente, foi o jornalista Hernán Cabrera, da Rádio ‘LT8’

Mattos não gostou da saia-justa

O aparente ruído no diálogo expõe, mais uma vez, as dificuldades nos processos do futebol vascaíno. Uma fonte ouvida pelo Jogada10 diz que a situação não agradou nem um pouco o diretor esportivo Alexandre Mattos, que desejava fechar com ambos os reforços, diante de ajustes na forma de pagamento. O vazamento da negociação pelo argentino, que disputa o Pré-Olímpico com sua seleção, também causou incômodo. Afinal, até aqui, o Vasco vinha conseguindo manter sigilo sobre praticamente todas as negociações até seu desfecho.

Sem cerimônia, o Newell’s abriu o jogo duas vezes. Primeiro, o técnico Mauricio Larriera afirmou que Sforza estava vendido e não contava mais com ele. Em seguida, o presidente Ignacio Astore revelou que aceitou a oferta, mas que a assinatura da documentação e, claro, o pagamento estavam pendentes. Isso aconteceu após alguns dias sem retorno dos dirigentes cruz-maltinos.


O orçamento para 2024, previsto em contrato com a 777, prevê R$ 250 milhões para o uso do departamento de futebol. Mesmo assim, a intenção é conter os gastos excessivos para ter uma margem na segunda janela de transferências. O Vasco, por sinal, ainda procura um lateral-esquerdo e dois atacantes: um para jogar pela ponta e outro centroavante, para brigar com Vegetti.

Sforza era aposta; Cuéllar vem para ser titular

A diferença entre as duas opções é que o jovem argentino, apesar de ter quatro anos inteiros como profissional e ser titular na Série A nacional, pode ter que passar por um processo de adaptação e talvez não esteja pronto para assumir a vaga de “camisa 5” no nível do Brasileirão. Já Cuéllar passou quatro anos no arquirrival Flamengo com destaque, fala português e é bastante experiente.


Dessa forma, enquanto não finalizar as tratativas com o colombiano, a SAF não vai mais atrás de outro nomes. O elenco, inclusive, já tem Zé Gabriel, Mateus Carvalho, De Lucca, Barros e Rodrigo, além de Jair, que pode jogar mais recuado. Com a vinda de mais um jogador, um ou dois desse primeiro grupo será emprestados para ganhar rodagem.

Cuéllar será decisivo na negociação

A questão é que o negócio por Cuéllar é difícil e vai depender muito da vontade do jogador. Afinal, o Al Shabab pagou mais de 1 milhão de dólares, no ano passado, para tirá-lo do Al Hilal, da Arábia Saudita, onde foi comandado por Ramón Díaz. Neste momento, não cumpriu nem 20% do compromisso que assinou – vai até 2026. O salário também é um problema, já que teria que haver uma redução importante. Informações dão conta de que Cuéllar já sinalizou que aceita ganhar menos, e o Vasco prepara uma proposta.


Aliás, o clube cruz-maltino já sondou a situação do jogador, mas foi antes da chegada de seu técnico. Na ocasião, se assustou com os valores e não deu sequência. Até mesmo pela falta de interesse do colombiano, que é muito bem avaliado e tem mercado no bilionário mundo árabe.

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