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Sócia do Flamengo entra com notícia-crime por falsificação de assinatura em chapa

Caso corre junto à 14ª Delegacia da Polícia do Rio de Janeiro, e Wallim Vasconcelos se coloca à disposição para investigação

Jogada 10

Jogada 10|Do R7

Foto: Reprodução

Patrícia Regina Thome Martins, sócia do Flamengo, pediu apuração policial por ter seu nome envolvido na ”tentativa de fraude” da chapa de Wallim Vasconcelos. Na última quinta-feira (24), a rubro-negra entrou com notícia-crime junto à 14ª Delegacia de Polícia do Rio de Janeiro para esclarecer o uso da assinatura falsa na campanha indeferida pela Comissão Permanente Eleitoral (CPE) do clube.

“Um tempo atrás, recebi contato de uma pessoa da chapa do Wallim dizendo que me achou na lista de sócios votantes. A pessoa perguntou se poderia me mandar um e-mail, eu disse que sim, mas pensei que era uma proposta. Quando vi que era para assinar um contrato, eu não aceitei”, iniciou:

“Eu devolvi o e-mail dizendo que não assinaria porque não queria me envolver tanto assim na eleição do Flamengo. Aí ele falou: “Depois, quando acabar a eleição, a gente tem como te tirar”. E eu disse: “Não, de forma nenhuma quero estar lá”. Deletei os e-mails, e vida que segue”, contou Patrícia.

CPE do Flamengo


A sócia revelou, ainda, que o assunto não se encerrou mesmo após a negativa aos contatos via e-mail. Isso porque Patrícia recebeu contato direto da Comissão Permanente Eleitoral do Flamengo semanas após a recusa. Em uma das interações, a CPE apresentou duas assinaturas que não eram semelhantes e, portanto, não correspondiam à verdadeira.

“Um tempo depois, recebi um e-mail do Flamengo perguntando se eu tinha assinado um documento, porque tinham dado entrada no documento sem a minha assinatura. Falei que não, que eu realmente não tinha assinado e não tinha intenção de assinar”, e concluiu:


“E aí eu expliquei que eu tinha recebido esse documento em branco. Quando abri o documento, realmente era uma assinatura tosca, aquelas assinaturas aleatórias de PDF. Aí eu mandei e-mail dizendo: “Não reconheço a assinatura”.

Para defesa de Patrícia, representada pelo advogado André Perecmanis, a chapa de Wallim Vasconcelos cometeu dois crimes envolvendo sua cliente. Um de uso de documento falso e o outro de falsidade ideológica.


Chapa indeferida

A CPE impugnou as chapas de Pedro Paulo e Wallim Vasconcelos na última segunda-feira após relatos de inconsistências na candidatura. Nesse caso específico a Comissão identificou “tentativa de fraude” com utilização de assinaturas falsificadas de sócios do Flamengo.

“Trata-se de uma tentativa de fraude identificada, investigada e comprovada no âmbito da competência e das apurações efetuadas pela Comissão Eleitoral”, dizia um trecho do comunicado da CPE.

Wallim, contudo, entrará com recurso junto à Comissão Permanente Eleitoral na tentativa de revalidar sua candidatura. O ex-candidato disse que obteve um retorno negativo ao solicitar acesso aos dados dos associados que alegaram falsidade ideológica e garante que pediu uma abertura de comissão de inquérito dentro do clube.

“Tem que apurar, não pode ficar debaixo do tapete. Estamos tentando apurar internamente. Pedimos para abrir de comissão de inquérito dentro do clube. Então, se a associada (Patrícia) quiser entrar, terá todo meu apoio. Mas a gente não sabe se foi sabotagem ou se veio de dentro da chapa. Tudo que ela e o advogado precisarem de informações, eu sou o primeiro a colaborar”, declarou Wallim.

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