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Dirigente que denunciou manipulação de resultados detona pena de Bruno Henrique

Hugo Jorge Bravo, presidente do Vila Nova, entende que punição de atacante destoa da de jogadores de divisões inferiores

Jogada 10

Jogada 10|Do R7

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Bruno Henrique em ação com a camisa do Flamengo durante a temporada Adriano Fontes/Flamengo

Autor da denúncia que deu origem à Operação Penalidade Máxima, o presidente do Vila Nova, Hugo Jorge Bravo, criticou a punição de Bruno Henrique, do Flamengo, com a multa de R$ 100 mil pelo STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva). Assim, na visão do dirigente, a pena do atacante rubro-negro deveria ter sido exemplar e destoa das punições de atletas de divisões inferiores.

“Eu fico muito confortável em tratar desse tema, porque, no final de 2022, nós levamos a denúncia da manipulação de jogos ao Ministério Público do Estado de Goiás e isso culminou na Operação Penalidade Máxima, que teve aí repercussão internacional e que foi um marco. Vendo o resultado desse julgamento (de Bruno Henrique), achei o resultado muito ruim. É um atleta de envergadura, punido com multa de R$ 100 mil, valor insignificante para o salário mensal dele. Há uma desproporção e uma incoerência entre as punições. A gente vê outro atleta, em uma divisão inferior (Série B), como a nossa, ser punido, de forma correta, com uma punição mais severa”, disse Hugo Jorge.


“Quando se trata de certo ou errado, nós não podemos torcer, não podemos ter cor de camisa, não podemos ter condição social. A punição ficou muito branda. Para falar a verdade, não teve punição”, completou o presidente do Vila Nova.

Entenda a Operação Penalidade Máxima

Vale lembrar que a Justiça acusou Bruno Henrique de forçar um cartão amarelo contra o Santos, no Mané Garrincha, pelo Brasileirão, para favorecer apostadores. No julgamento em setembro, o STJD o condenou a 12 jogos de suspensão, porém ele seguia a carreira normalmente sob efeito suspensivo. Agora, com a nova definição, o atleta está liberado para atuar sem qualquer impeditivo jurídico e legal.


Entre os jogadores citados por Bravo, estão Gabriel Domingos e Romário. O primeiro teria “emprestado” a conta bancária para o repasse do dinheiro das apostas. Assim, ele recebeu a suspensão de 720 dias (dois anos — já cumpridos). O segundo, por sua vez, foi pivô da origem da denúncia e chegou a ser banido pelo STJD, entretanto poderá atuar normalmente após o STJD ter reconsiderado.

Por fim, em maio de 2023, 16 pessoas, entre elas sete atletas, viraram réus após investigações da segunda fase da Operação Penalidade Máxima. As investigações começaram depois que o volante Romário, do Vila Nova, aceitou uma oferta de R$ 150 mil para cometer um pênalti no jogo contra o Sport pela Série B. Ele recebeu um sinal de R$ 10 mil, e só teria os demais R$ 140 mil após a partida.

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