Treino, convocação, despedida dos gramados: como é a ‘vida’ da bola do Paulistão 2025
Bola usada no Campeonato Paulista possui uma carreira digna de jogador de alta performance
Futebol|Do R7
Bola rolando no Paulistão 2025. Todo mundo de olho nos craques, nos grandes times, nas belas jogadas e nos gols. E o que tudo isso tem em comum? A bola. Sem ela, o espetáculo não existiria.
Assim como qualquer jogador que pisa no gramado, a bola também passa por uma preparação especial antes de entrar em campo e tem um destino definido após o juiz apitar o fim do jogo. Quer conhecer a carreira desse astro que sempre busca o fundo das redes para fazer a alegria do torcedor? Abaixo, a gente conta como é a “vida” da bola do Paulistão, do momento de seu nascimento até sua “aposentadoria” após a partida.
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Como ela nasce?
Fabricada no sul da Bahia, na cidade de Itabuna, a bola do Paulistão 2025, batizada de S11 Ecoknit, pela Penalty, passa por dez etapas de produção, começando pela pesquisa e desenvolvimento, onde se define o design aerodinâmico e a escolha de materiais sustentáveis.
A bola combina uma malha com alta resistência e precisão no toque, além de ser feita com 62% de materiais recicláveis, incluindo 4,5 garrafas PET por unidade. “Durante o campeonato, estima-se que cerca de 70 mil garrafas são retiradas do meio ambiente graças ao seu uso”, afirma Alexandre Lobo, gerente de Relações Esportivas da marca.
Após a seleção dos materiais, a bola passa pelos processos de termofusão, que impedem a absorção de água, mantendo a redonda leve mesmo em partidas sob chuva. Através da tecnologia termofusionada, o núcleo interno da bola também mantém pressão ideal, garantindo quique uniforme e estabilidade ao longo do jogo.
“A tecnologia elimina costuras, melhora a precisão dos chutes e aumenta a durabilidade do produto”, explica Lobo.
Como é o ‘treino’ da bola?
Após a aplicação do acabamento, a bola do Paulistão passa por testes rigorosos de qualidade para atender aos padrões estabelecidos pela Fifa e pela Federação Paulista de Futebol (FPF).
O primeiro teste avalia a esfericidade e a circunferência, garantindo que a bola tenha um formato uniforme para oferecer maior precisão nos passes e chutes. Em seguida, são avaliados o peso e a retenção de pressão, assegurando que a bola mantenha estabilidade durante toda a partida.
O terceiro teste simula jogos em campo molhado, garantindo que a bola não fique mais pesada em condições de chuva. A consistência do quiques e a resposta ao toque também são analisadas, medindo o desempenho da bola em diferentes superfícies. Por fim, a durabilidade da bola do Paulistão é posta à prova, suportando até sete mil chutes em testes de resistência, para garantir que ela mantenha a mesma performance do primeiro ao último jogo.
Mas antes de sair rolando nos gramados do Paulistão, os árbitros também avaliam a condição das bolas, testando principalmente a pressão das redondas antes de todos os jogos.
Seleção de 16 bolas vai para o jogo
No início do ano, a FPF anunciou o novo método de reposição de bola para o Paulistão, conhecido como multiball. A técnica é usada no Campeonato Inglês para que os jogos tenham mais tempo de bola rolando, sem maiores intervalos gastos para a reposição de bola.
O sistema funciona desta forma: ao todo, 16 bolas são posicionadas em torno do gramado, em cones, e o jogador apenas “retira” a bola do suporte. O gandula tem apenas o papel de repor as bolas nesses suportes.
E depois que o jogo termina?
Após o término de cada jogo do Paulistão, as 16 bolas utilizadas ficam com o clube mandante. Cada partida conta com bolas novas, e ao fim de cada confronto, elas são entregues à equipe da casa, que as mantém para futuros treinos ou para outros usos dentro do clube.
Além das bolas utilizadas nas partidas, cada clube recebe 36 bolas novas antes do início do campeonato para serem usadas nos treinamentos. No entanto, as bolas dos jogos não são reutilizadas em partidas futuras, garantindo que a cada confronto no Paulistão, apenas bolas novas sejam usadas.