Suspeito de participar de manipulação de jogos da série B em casas de apostas é solto
Tribunal goiano atendeu pedido de heabeas corpus da defesa; operação penalidade máxima investiga jogos suspeitos
Futebol|Do R7
O Tribunal de Justiça de Goiás acolheu um pedido de habeas corpus para liberar o empresário Bruno Lopez de Moura da prisão temporária por suspeita de participação em manipulação de resultados por meio de apostas esportivas na Série B do Campeonato Brasileiro de 2022.
Bruno Lopez de Moura foi preso na última terça-feira (14), data da deflagração da Operação Penalidade Máxima, que também teve como alvos de mandados de busca e apreensão a empresa BC Sports Management, pertencente ao empresário, e os jogadores, Gabriel Domingos de Moura, volante do Vila Nova; Marcos Vinícius Alves Barreira, conhecido como Romário e que teve o contrato rescindido com o Vila Nova em novembro do ano passado; Joseph Maurício de Oliveira Figueiredo, do Tombense; e Mateus da Silva Duarte, que jogava no Sampaio Corrêa e hoje está no Cuiabá.
A concessão do habeas corpus para Bruno Moura foi dada pelo desembargador Edison Miguel da Silva, do Tribunal de Justiça de Goiás. A liminar não diz respeito à culpabilidade do acusado. O caso segue sob investigação e deve ampliar a busca por evidências de manipulação de resultados a outras divisões e torneios do futebol brasileiro.
De acordo com o advogado de Moura, Ralph Fraga, seu cliente não apresenta risco de obstruir a investigação ou fugir.
"Bruno é primário, tem bons antecedentes, tem residência fixa, emprego lícito e defesa constituída. Ademais, durante as buscas e apreensões, o Ministério Público apreendeu diversos materiais que embasam a continuidade do processo investigatório, de forma que a manutenção de sua prisão não se faz necessária", avalia Fraga.
Entenda o caso
O grupo de apostadores teria manipulado o resultado de pelo menos três partidas ocorridas na Série B: Tombense x Criciúma, Sampaio Corrêa x Londrina e Vila Nova x Sport. De acordo com o Ministério Público, o grupo receberia de R$ 500 mil a R$ 2 milhões por jogo com o esquema.
A manipulação se dava por meio de jogadas combinadas, como o atleta envolvido cometer pênalti no primeiro tempo dos jogos, informa o MP. Os jogadores envolvidos recebiam aproximadamente R$ 150 mil, sendo que R$ 10 mil eles ganhavam antes das partidas, numa forma de adiantamento e também de comprometimento. Caso o resultado fosse cumprido, eles recebiam o restante da proposta, ou seja, R$ 140 mil.
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