STJD indefere pedido de anulação e confirma rebaixamento do Vasco
Clube carioca ficou revoltado com a falha do VAR no duelo com o Internacional, na 36ª rodada do Brasileirão 2020
Futebol|Do R7
O Vasco vai mesmo jogar a Série B em 2021. Na tarde desta quinta-feira (4), o STJD indeferiu o pedido do clube para anulação da partida contra o Internacional, realizada em 14 de fevereiro, em São Januário, pela 36ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Na ocasião, o time da casa perdeu por 2 a 0, mas o gol de Rodrigo Dourado, o primeiro do Inter, rendeu muita polêmica, já que o VAR não funcionou, o que revoltou os vascaínos.
Em sua argumentação, o presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva, Otávio Noronha, afirma que não houve "erro de direito" na validação do gol, diferentemente do que defendia o Vasco. Ele destacou ainda que a decisão do STJD foi tomada de forma unânime e, no fim de seu despacho, mandou arquivar o caso.
Com o rebaixamento confirmado, apesar de caber pedido de reconsideração, o Vasco já trabalha no sentido de mover uma ação cível contra a CBF e a Hawk-Eye, empresa que opera o VAR no Brasileiro, pedindo uma reparação de R$ 100 milhões. Trata-se justamente do valor que o clube imagina que vá perder em receitas com a queda à Série B.
O clube, inclusive, já divulgou uma nota em que lamenta a decisão, e garantindo que recorrerá da decisão.
Leia a nota emitida pelo Vasco:
"O Club de Regatas Vasco da Gama lamenta profundamente a decisão do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), tomada nesta quinta-feira (04/03), que indeferiu liminarmente o pedido de impugnação da partida contra o Internacional, disputada no dia 14/02/2021, válida pela 36ª rodada do Campeonato Brasileiro de 2020, pedido este fundamentado no flagrante descumprimento do Regulamento Geral de Competições (RGC) e do Protocolo VAR. Ciente de seus direitos, a diretoria informa que o Vasco recorrerá da decisão e não desistirá da busca por justiça.
O pedido de impugnação foi apresentado ao STJD no dia 16 de fevereiro, na forma do art. 84, II, do Código Brasileiro da Justiça Desportiva. A ação reiterou o compromisso da Diretoria Administrativa do Clube, presidida por Jorge Salgado, em garantir ao Vasco igualdade de condições ao Clube em todas as competições que participa.
A busca pela reparação da injustiça começou imediatamente após a partida, na qual o Vasco sofreu o primeiro gol em claro impedimento, quando enviou ofício assinado pelo presidente Jorge Salgado e solicitou que o documento fosse anexado ao relatório do jogo. No documento, afirmou que “VAR disfuncional não anula gol do Internacional em flagrante impedimento”.
As gravações do VAR daquela partida, disponibilizadas pela CBF, mostram que os operadores da tecnologia desistiram de aguardar a resolução do problema que dificultou o uso da linha de impedimento, muito embora a empresa tenha afirmado que o problema foi solucionado em poucos minutos. Mesmo sem a tecnologia estar funcionando adequadamente, ouve-se o profissional do VAR determinando para o campo a validade do gol na ocasião dizendo “gol legal, gol legal”. O assistente de campo 1 ainda alerta após a decisão: “Deixa só eu fazer um comentário: alertei sobre esse jogador que ele estava em posição. Faz a preventiva e aí evita isso.” O Clube também teve acesso aos áudios do intervalo, que mostram tensão na cabine do VAR em diálogo com a equipe de arbitragem de campo.
O Vasco da Gama foi disparado o clube com maior decisões desfavoráveis do VAR no Campeonato Brasileiro da Série A de 2020. Foram 18 intervenções contrárias. A diretoria não desistirá de lutar para fazer valer os direitos do Clube."
Jucilei no Boavista: Medalhões disputarão os estaduais em 2021