Futebol Shakhtar doará parte da venda de Mudryk ao Chelsea para ajudar soldados na guerra

Shakhtar doará parte da venda de Mudryk ao Chelsea para ajudar soldados na guerra

Jogador foi revelado pelo clube ucraniano em 2016 e assinou com o time inglês por 100 milhões de euros (R$ 554 milhões)

Agência Estado - Esportes

O Shakhtar Donetsk informou, nesta segunda-feira (16), que parte do dinheiro relativo à venda do jovem atacante Mudryk ao Chelsea será usada para ajudar soldados e seus familiares na guerra na Ucrânia. O presidente do clube ucraniano, Rinat Ahmetov, disse que doará 1 bilhão de hryvnias (cerca de R$ 140 milhões), como parte do projeto recém-lançado "Heart of Azovstal" (Coração de Azovstal).

"É graças a eles [soldados], seu sacrifício e coragem em combater o inimigo nos primeiros meses da guerra que todos sentimos a inevitabilidade da vitória da Ucrânia hoje", disse. "[O valor] será direcionado a diferentes necessidades, desde tratamento, assistência psicológica, próteses até a implementação de solicitações direcionadas. Estamos em dívida eterna com nossos soldados", diz o comunicado no site do Shakhtar.

Mykhaylo Mudryk, de 22 anos, assinou acordo com o Chelsea por oito anos e meio

Mykhaylo Mudryk, de 22 anos, assinou acordo com o Chelsea por oito anos e meio

Reprodução/Instagram/ @chelsea

Os efeitos da guerra afetaram gravemente as finanças dos clubes da Ucrânia. Os times também precisaram contornar a saída dos seus principais jogadores, que deixaram o país em busca de segurança.

Na última sexta-feira (13), o Shakhtar e oito clubes da Rússia não conseguiram emplacar recurso contra a Fifa na Corte Arbitral do Esporte (CAS). O tribunal rejeitou apelo que buscava reverter as regras impostas pela entidade mundial quanto às transferências de jogadores e treinadores em decorrência da invasão russa da Ucrânia, em fevereiro do ano passado.

Na ocasião, a Fifa decidiu facilitar a suspensão de contratos dos jogadores e treinadores com os times da Ucrânia e da Rússia. Os campeonatos disputados nos dois países foram afetados pela guerra, gerando insegurança entre os atletas. Muitos atletas preferiram aproveitar as regras da Fifa para romper seus vínculos de forma unilateral. O Shakhtar pedia indenização de 50 milhões de euros (cerca de R$ 277 milhões) junto à Fifa como compensação.

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