Um dia depois de revelado o maior escândalo de corrupção da Fifa, os senadores aprovaram nesta quinta-feira (28) a criação de uma CPI para investigar o futebol brasileiro. Autor da proposta, o ex-jogador Romário (PSB-RJ) já se escalou para ser o relator.
Romário pediu a CPI pouco depois de sete dirigentes da Fifa, entre eles o ex-presidente da CBF José Maria Marin, serem presos em um hotel de luxo, em Zurique, na Suíça. O hoje senador usou as redes sociais para pedir a moralização do futebol.
— Vamos investigar os contratos de patrocínio da CBF, os jogos organizados pela CBF para a seleção brasileira, contratos da Copa das Confederações, Copa do Mundo e torneios nacionais.
Marin é colocado em cela isolada de outros cartolas para evitar "troca de informação"
Quem é o príncipe que pode destronar Blatter e se tornar o próximo presidente da Fifa?
A CPI deve ser publicada nesta sexta no Diário do Senado e só não será instalada se 26 senadores retirarem suas assinaturas do requerimento até o fim da noite desta quinta. A manobra é pouco provável, já que Romário diz ter recolhido 52 das 27 assinaturas necessárias para a criação da CPI.
O Senado informou que a comissão contará com sete membros titulares e sete suplentes e terá 180 dias para as investigações. Ainda no no plenário, Romário disse esperar que os responsáveis sejam presos.
— Particularmente espero que Blatter seja preso antes de assumir um novo mandato (a eleição da Fifa está prevista para esta sexta). O Marin está preso e este é o momento de fazermos uma verdadeira devassa na CBF, a Casa Bandida do Futebol.