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BRASILEIRO 2022

Sem Neymar, Brasil testa sua força em amistoso contra a Rússia

Sem o atacante Neymar, a seleção brasileira, do técnico Tite, enfrentará no amistoso desta sexta-feira, às 13 horas (de Brasília) a Rússia, em Moscou

Futebol|Do R7

Alisson será o capitão da seleção brasileira no amistoso contra a Rússia
Alisson será o capitão da seleção brasileira no amistoso contra a Rússia

Mostrar que é forte, independentemente de nomes. É isso que Tite espera da seleção brasileira no amistoso desta sexta-feira (23), às 13 horas (de Brasília) contra a Rússia, em Moscou. Na reta final para a Copa do Mundo, o desejo do treinador se explica: o time não terá sua estrela maior, o machucado Neymar. Ausência sentida, mas que abre a oportunidade de os jogadores, sobretudo os mais experientes e que vêm sendo aproveitados com regularidade, assumirem a responsabilidade de conduzir a equipe.

Tite fez mudanças. Além de colocar Douglas Costa na vaga de Neymar, barrou Renato Augusto e escalou Willian. Na defesa, optou por Thiago Silva, pois Marquinhos não está bem fisicamente e será preservado para o amistoso de terça-feira contra a Alemanha, em Berlim.

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Ao mexer na frente, aproveitando Willian — "que está arrebentando" — e Douglas Costa, Tite pretende deixar a seleção mais "aguda", pois são dois jogadores que ele define como "verticais e ofensivos", e também com recursos para superar a defesa do time russo, esteja ela armada em linha de cinco ou de quatro jogadores.

"Na fase ofensiva é 4-3-3, sem abrir mão de ter meio-campo forte. O futebol passa pela imposição do meio-campo em sua capacidade criativa, lúdica, é um jogador vai compor essa posição (de ajudar o setor)", disse Tite sobre o esquema tático.


Ele quer Paulinho chegando na área, mas também ajudando Casemiro a marcar. Vai colocar Philippe Coutinho mais centralizado, Willian pela direita e Douglas Costa pela esquerda. Tite, aliás, preocupou-se em aliviar o peso sobre o atacante da Juventus. "O Douglas Costa não vai substituir o Neymar, vai ser Douglas Costa. O Neymar é insubstituível."

A partida desta sexta (23) vai ser disputada no estádio Luzhniki, provavelmente sob temperatura negativa. O local será palco da decisão do Mundial da Rússia. Tite, que entre os argumentos para defender o amistoso contra a anfitriã, utilizou a importância de os jogadores sentirem o "clima de Copa", admitiu querer mesmo é voltar à arena em 15 de julho. "Quem é que não sonha? Todos da Copa do Mundo sonham estar aqui na final", considera. Mas não quer parecer precipitado. "Temos de fazer o melhor trabalho e ele está no jogo de amanhã (sexta)."


A seleção brasileira vai estrear a camisa número dois que utilizará no Mundial, na cor azul. Meias e calções têm a mesma cor. O goleiro Alisson será o capitão, continuando o rodízio no posto idealizado por Tite. Ele será o 15.º jogador a desempenhar este papel em 18 jogos sob o comando do treinador. A camisa número um, amarela, vai ser usada no jogo de terça-feira com os alemães.

OLHO NA COPA - O treinador convocou 25 jogadores para os amistosos contra russos e alemães. Quer observar o comportamento emocional e técnico, principalmente dos novatos, mesmo que seja apenas nos treinos e na concentração. Isso visando à elaboração do grupo final que levará ao Mundial. Ainda assim, prefere não usar a palavra teste.


"Não vai ter teste. É oportunidade e quem não estiver bem terá seu substituto, mas não premedito nada", afirmou Tite. "É a capacidade de ler o jogo, o que possa ser importante e um atleta que possa contribuir. Não tenho tempo para ver como é um atleta para convocar depois."

A convocação final será feita no início de maio. Tite já tem 16 nomes definidos e admite quebrar a cabeça para fechar a relação de 23 atletas, por um motivo principal. "O que mais me pressiona, isso sim me pressiona, é poder olhar todo mundo e ser justo", justificou. "Ser justo porque para o atleta também é um orgulho máximo estar aqui. Fico inquieto, chato, perturbado para avaliar todos e ser humanamente o mais justo possível."

Ele reiterou considerar que chegar à seleção é o ápice da carreira de um técnico, e lembrou que muitos profissionais de nível não tiveram essa chance. "Abel e Paulo Autuori, dois campeões do mundo por seus clubes, com trajetórias lindas, não tiveram oportunidade de estarem onde estou. Sou extremamente feliz pela oportunidade."

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