São Paulo protagoniza maior vexame do futebol pós-pandemia
Com atuação ridícula, Tricolor perde primeira para o Mirassol. Com elenco desfalcado de 18 atletas, time do interior levou 11 da base para o Morumbi
Futebol|Eduardo Marini, do R7
No maior vexame do futebol brasileiro no pós-pandemia até agora, o Tricolor perde pela primeira vez na história uma partida para esse adversário do interior do Estado de São Paulo.
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Foi derrotado por um elenco com salários atrasados e nada menos do que 18 jogadores impedidos de voltar à ativa por terem testado positivo para o coronavírus.
O jeito foi enxertar o grupo com onze jogadores da base para a partida desta quarta-feira (29). Três foram escalados de início e os oito restantes ficaram no banco.
Vexame são-paulino. Partida heroica do Mirassol.
No primeiro tempo, o 4-3-3 montado pelo técnico da equipe do interior, Ricardo Catalá, com dois meias na dura marcação, funcionou bem. O São Paulo fazia péssima partida. Lento, trocava passe sem objetividade e não conseguia furar o paredão do rival.
Nas únicas duas vezes em que chegou ao gol na primeira etapa, o Mirassol marcou. O primeiro aos 19 e o segundo aos 31 minutos, ambos do atacante Zé Roberto.
Após o segundo gol, o confuso e apático time de Fernando Diniz reagiu e empatou a partida em dois minutos, aos 35, com Pablo, e aos 36, com Vitor Bueno, em um bonito arremate de fora da área.
Mas o período de futebol minimamente aceitável do Tricolor foi fugaz. O time até pressionou o Mirassol na primeira metade da segunda etapa, mas sem qualquer organização e sentido tático perceptível.
Antes de tudo, soou estranho ver a equipe de Diniz, elogiado por quem gosta de seu trabalho exatamente pela organização e o rigor tático, bagunçada daquela forma em campo e tão distante da objetividade mostrada pela molecada reserva no segundo tempo da vitória de 3 a 1 sobre o Guarani na última partida, que ressuscitou o Corinthians na competição.
Pato teve outra atuação ridícula. Jogou até de zagueiro para o adversário, numa bola que tinha como destino o gol do Mirassol e acabou desviada ao bater em seu corpo. Foi substituído por Helinho, que desta vez quase nada acrescentou.
A coragem, a valentia e o sentido de superação do Mirassol foram premiados aos 34 minutos do tempo final com um golaço do meia Daniel Borges. O goleiro tricolor Volpi chocou-se com Arboleda ao dar um soco numa bola cruzada na área. Ela sobrou para Daniel Borges, que pegou de primeira. Belo gol. Após isso, Catalá colocou o terceiro zagueiro, deu sorte na composição e o time do interior segurou o resultado com competência até o final.
Méritos do Mirassol, de Catalá e do combalido mas valente e determinado elenco do interior.
Atuação e vergonha surpreendentes e inexplicáveis do São Paulo.
Palmeiras, Santos e, sobretudo, Corinthians agradecem.
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