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BRASILEIRO 2022

River atropela Tigres e levanta título da Libertadores após jejum de 19 anos

A equipe argentina quase não passou para a segunda fase da competição

Futebol|Do R7

River Plate conquista a terceira Libertadores de sua história
River Plate conquista a terceira Libertadores de sua história

A espera finalmente terminou: o River Plate se impôs, venceu o Tigres por 3 a 0 nesta quarta-feira (5) e voltou a conquistar a Taça Libertadores depois de longos 19 anos.

Empurrado por mais de 67 mil torcedores no Monumental de Núñez, em Buenos Aires, os 'Millionarios' levantaram o tricampeonato do principal torneio continental de forma avassaladora.

Alario abriu o placar aos 44 minutos do primeiro tempo. Sánchez, de pênalti, ampliou aos 28 do segundo, com Funes Mori fechando o placar aos 34, após o empate por 0 a 0 na partida de ida no Estádio Universitário.

Foi o último capítulo de uma histórica campanha que contou com uma quase eliminação precoce e vitórias sobre importantes rivais antes da grande decisão.


Não fosse o próprio Tigres, o River teria caído ainda na fase de grupos, mas foi salvo por uma vitória dos mexicanos sobre o Juan Aurich na última rodada.

Nas oitavas de final, o adversário era o Boca Juniors. Após o triunfo por 1 a 0 no Monumental, veio o polêmico jogo cancelado em La Bombonera, depois dos torcedores 'xeneizes' lançarem gás de pimenta no túnel de acesso ao campo usado pelo rival.


Contra o Cruzeiro, nas quartas, o River mostrou outra vez um incrível poder de recuperação. Perdeu pelo placar mínimo na partida de ida em casa, mas voltou a mostrar força no Mineirão. Venceu o time celeste por 3 a 0, encerrando, de quebra, uma longa freguesia.

A vitória mais tranquila veio na semifinal, quando o adversário foi o surpreendente Guaraní, do Paraguai. Desta vez, o River fez o dever de casa e venceu o primeiro jogo no Monumental por 2 a 0, empatando o duelo de volta por 1 a 1 para avançar à decisão.


As emoções exacerbadas nas arquibancadas pela grande campanha e a possibilidade de voltar a conquistar o mais importante título continental não se refletiram no campo, pelo menos na etapa inicial.

Apesar de pressionar o adversário, o River errava passes demais, atrapalhado também pela chuva que caia em Buenos Aires. O mesmo ocorria pelo lado do Tigres, que se contentava em arriscar apenas nos contra-ataques.

Mesmo com o frio, a torcida 'millonaria' não parava de cantar. Mas quase foi calada pela equipe mexicana aos 23 minutos. Em um dos poucos contragolpes de qualidade do Tigres, Damm apareceu livre pela direita, limpou a marcação e rolou para Gignac, que vinha de trás.

O francês, pressionado pela marcação, atrapalhou-se na hora da finalização e desperdiçou uma grande oportunidade. Recuperado do susto, o River retomou o controle da partida.

Mas só fez o Monumental explodir de alegria já no fim do primeiro tempo, aos 44. Vangioni deu belo drible no meio-campo e cruzou na medida para Alario, que se antecipou ao zagueiro e tocou firme de cabeça para abrir o placar.

Ao longo de toda a etapa inicial, o técnico brasileiro naturalizado mexicano Ricardo Ferretti não largou a prancheta. Não propôs mudanças no intervalo, mas o Tigres voltou diferente para os 45 minutos decisivos.

Retomou o controle da posse de bola e saiu para o jogo em busca do empate. Quando a equipe mexicana começava a ameaçar de forma mais expressiva a defesa dos donos da casa, Sánchez apareceu.

Herói da vitória sobre o Boca, o volante surgiu como elemento surpresa pela direita, invadiu a área e foi derrubado aos 28 minutos.

Pênalti sofrido e cobrado pelo jogador, que ampliou a vantagem do River. O Monumental de Núñez enloqueceu. E o Tigres não suportou a pressão da torcida argentina. Aos 34, Funes Mori subiu sozinho na pequena área e marcou o terceiro após cobrança de escanteio.

O River só controlou a partida nos minutos finais, enquanto já ouvia os gritos de campeão e olé vindos das arquibancadas.

Aos 46 minutos, o árbitro uruguaio Darío Ubriaco apitou pela última vez, colocando um ponto final na longa espera dos 'Millonarios'.

O título é especial para o técnico Marcelo Gallardo. Suspenso da decisão, o ex-jogador foi um dos principais nomes da última Libertadores conquistada pelo River, em 1996, ao lado de um elenco recheado de craques, como Ariel Ortega e Hernan Crespo.

A vitória também mantém o jejum mexicano na Libertadores. O Tigres foi o terceiro time do país derrotado na decisão do torneio. Antes, o Cruz Azul foi batido pelo Boca na final de 2001. Já em 2010, o Internacional se sagrou campeão sobre o Chivas Guadalajara.

Independentemente do título, o River já estava garantido no Mundial de Clubes e na Recopa Sul-Americana, pois o Tigres pertence à Concacaf. 

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