'Precisamos nos ajustar até a Copa', diz Andressa Alves
Aos 26 anos, Andressa, que é camisa 10 no Barcelona, quer ajudar a seleção brasileira a se reerguer após sequência de derrotas e diz que há pouco tempo
Futebol|Do R7
Camisa 10 do Barcelona, um dos principais times do mundo no futebol feminino, Andressa Alves é uma das esperanças do Brasil no Mundial, que será disputado de 7 de junho a 7 de julho, na França - a seleção brasileira foi vice-campeã em 2007, na China, e ficou com a terceira colocação em 1999, no Mundial disputado nos Estados Unidos. Na última edição da competição, disputada em 2015 no Canadá, a seleção brasileira foi eliminada ao perder por 1 a 0 para a Austrália, nas oitavas de final.
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Aos 26 anos, Andressa quer ajudar a seleção brasileira a se reerguer após uma sequência muito ruim de derrotas (a equipe perdeu as últimas nove partidas que disputou, quatro em 2018 e outras cinco neste ano) que deixaram o time e a comissão técnica sob intensa pressão. Nesta entrevista ao Estado, ela comenta sobre a importância da competição e como está a sua vida na Europa.
Qual a expectativa para a disputa do Mundial?
Disputar o Mundial é o sonho de qualquer jogadora. Trabalhamos muito nos clubes para ter a oportunidade de ser convocada e jogar a Copa, e agora estou muito ansiosa para poder jogar.
A seleção vem de resultados negativos. O quanto isso pesa neste momento?
Os resultados realmente foram ruins e agora é trabalhar para melhorar até a Copa do Mundo. Temos pouco tempo e precisamos deixar tudo ajustado até lá.
Você é um grande talento da seleção e tem o suporte de atletas experientes como Marta, Cristiane e Formiga. Isso te dá mais tranquilidade para mostrar seu futebol?
Com certeza ter o apoio delas é fundamental, elas são exemplos do futebol feminino mundial. É um orgulho poder jogar ao lado delas.
Como é atuar no Barcelona?
Ser a primeira brasileira a jogar aqui foi uma realização. Estou muito feliz por tudo que vem acontecendo na minha vida e só tenho a agradecer a Deus por tudo.
Você tem contato com os jogadores do time masculino? Já conversou com o Messi?
Já conversei algumas vezes. Temos evento do clube que o masculino e o feminino fazem juntos, e é uma sensação muito boa. Todo mundo quer conversar com Messi ou tirar aquela foto com ele.
Como é sua vida na Espanha?
A vida aqui é muito boa. A cidade de Barcelona é sensacional, tem muitos lugares para sair e vários restaurantes brasileiros. Eu me adaptei muito bem à cidade.
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Você teve apoio de sua família para jogar futebol, o que não é tão comum com as meninas. Como foi isso?
Para mim foi maravilhoso ter o apoio deles porque era meu sonho e você ter um suporte da sua família ajuda a não desanimar. Infelizmente não é assim para todas as meninas, mas se puder falar alguma coisa para essas meninas é que não desistam nunca dos seus sonhos e que vale a pena lutar por aquilo que você ama.
E quando você convivia com garotas que não tinham esse apoio em casa, como lidava com isso?
É complicado porque não tem muito o que você fazer, a não ser ajudar ali todo dia com apoio e motivação.
O futebol feminino ainda não engrenou no Brasil, apesar do talento das jogadoras daqui. Acha que chegou o momento de deslanchar?
Acredito que para deslanchar precisa de mais investimento e apoio, mas melhorou muito desde que eu comecei a jogar em 2009.
O Mundial será transmitido ao vivo para o Brasil e os jogos da seleção estarão na TV aberta. Isso causa uma ansiedade para a disputa, pois muita gente poderá ver vocês em ação?
Com certeza terá muita ansiedade, e responsabilidade também. Você representa todas as meninas que infelizmente não terão a chance de disputar um Mundial. É uma coisa muito grande e precisamos estar preparadas da melhor maneira pra fazer bonito na Copa.
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