‘Por meu papai’: filho de Maradona pede ‘justiça’ em vídeo nas redes sociais
Dieguito Fernando, de 12 anos, gravou mensagem nesta terça-feira (11), quando a equipe médica responsável por Diego começou a ser julgada por homicídio simples
Futebol|Do R7
O filho caçula de Maradona, Dieguito Fernando, publicou nesta terça-feira (11) um vídeo nas redes sociais em que pede justiça pelo pai. Sete membros da equipe médica que cuidava do ex-jogador em um pós-operatório começaram a ser julgados no mesmo dia.
Em um vídeo curto, de cerca de três segundos, Dieguito, que completou 12 anos recentemente, aparece com uma camiseta com a hashtag #JustiçaporDiego e diz “justiça por papai”.
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A publicação foi feita em colaboração com o advogado da família, Mario Baudry. “Justiça pelo meu papai! Ajuda para todos os que amamos Diego Armando Maradona”, diz a legenda do vídeo.
A camiseta usada por Dieguito no vídeo é a mesma que a mãe dele, Verónica Ojeda, ex-companheira de Maradona, vestiu ao chegar ao tribunal na terça-feira, onde se emocionou na entrada.
Os sete acusados enfrentam a acusação de “homicídio simples com dolo eventual”, por supostamente saberem dos riscos fatais de suas ações ou omissões durante o pós-operatório de Maradona, que morreu em 25 de novembro de 2020.
Entre os julgados, estão o neurocirurgião Leopoldo Luque, a psiquiatra Agustina Cosachov, o psicólogo Carlos Díaz, enfermeiras e outros profissionais de saúde.
Eles podem ser condenados a penas de 8 a 25 anos de prisão. O julgamento, que deve se estender até pelo menos julho, contará com cerca de 120 testemunhas.

Julgamento
O primeiro dia de audiência foi carregado de tensão. Na porta do tribunal, fãs do ex-jogador hostilizaram os réus, enquanto Verónica Ojeda, segundo a imprensa argentina, insultou Cosachov.
Dentro da sala, o promotor Patricio Ferrari exibiu uma foto impactante de Maradona minutos após sua morte, com o corpo inchado, o que levou as filhas do craque -- Jana, Dalma e Gianinna, presentes no local -- a chorarem. “Foi assim que Maradona morreu”, declarou Ferrari, descrevendo a internação domiciliar do ex-jogador como “temerária, deficiente e sem precedentes”.
Para o promotor, a equipe médica agiu com “indiferença absoluta” ao risco de morte de Maradona, que se recuperava de uma neurocirurgia em uma casa alugada no condomínio San Andrés, em Tigre. Ele classificou o local como “um teatro do horror” e acusou os profissionais de não seguirem protocolos, condenando o astro “ao esquecimento” de forma “cruel e deliberada”.