‘Perder a Libertadores não tinha o mesmo peso de perder o Estadual’, diz Darío Pereyra
Craque uruguaio deu entrevista exclusiva ao canal de Cosme Rímoli
Futebol|Do R7

Um dos maiores ídolos da história do São Paulo, Darío Pereyra foi testemunha de um tempo em que a obsessão pela Libertadores ainda não fazia parte do cotidiano dos clubes brasileiros. Em entrevista ao canal de Cosme Rímoli no YouTube, o ex-zagueiro revelou por que o torneio sul-americano não era prioridade no Morumbi nos anos 80.
“A Libertadores era disputada junto com o Paulista. Se você perdesse o estadual, contra Corinthians, Palmeiras ou Santos, todo mundo ia te matar. Perder lá fora era diferente, não tinha o mesmo peso”, disse Darío.
Segundo o zagueiro, os clubes brasileiros sofriam muito no torneio. “Os juízes nos roubavam. Sofríamos agressões dentro de campo. Não tinha antidoping. Era só desgaste, e não valia a pena. Hoje em dia é completamente diferente”, afirmou.
A ausência de transmissões televisivas e o desinteresse dos torcedores tornavam a competição menos atrativa. Apesar disso, o São Paulo da época tinha plenas condições de conquistar a América.
“Potencial para ganhar, nós tínhamos”, disse Darío. O time contava com nomes como Oscar, Renato, Getúlio, Zé Sérgio e, depois, Careca, Müller e Silas. Mas o foco era outro: o Campeonato Paulista e o Brasileiro eram tratados como grandes objetivos.
Darío viveu três gerações de ouro no clube e viu várias propostas do exterior serem rejeitadas pela diretoria são-paulina. “Peguei a geração do Minelli, a do Pepe e a dos Menudos. Foram anos incríveis, mas a Libertadores era secundária”, explicou.
Apesar dos títulos de Flamengo e Grêmio nos anos 80, essa visão só começaria a mudar no futebol brasileiro a partir dos anos 1990, com o sucesso do próprio São Paulo sob o comando de Telê Santana.
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