Paulo Henrique Ganso passa por cirurgia para tratar miocardite; entenda a doença
Inflamação nos músculos do coração foi detectada durante avaliação médica do Fluminense no começo do ano
Futebol|Do R7
Paulo Henrique Ganso foi submetido a uma cirurgia no coração nesta sexta-feira (14). O jogador do Fluminense chegou a ficar afastado por mais de um mês, após receber o diagnóstico de miocardite, uma inflamação nos músculos do coração.
A expectativa do clube é que Ganso fique fora por sete dias e, depois, retorne normalmente aos treinos.
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Importante para a conquista da Libertadores em 2023, Ganso, de 35 anos, atuou normalmente no final da temporada passada. O clube acredita que a inflamação foi causada por uma gripe muito forte que o atleta contraiu em novembro do ano passado.
Segundo o Fluminense, ao longo dos seis anos que o jogador veste a camisa do clube, a inflamação não havia sido detectada.
Desfalque para as finais do Carioca, Ganso é aguardado pelo Fluminense para o início do Brasileirão 2025, na segunda rodada, contra o RB Bragantino.
O R7 consultou Thiago Scudeler, cardiologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, para explicar a doença que afeta o meia do Fluminense.
O que é miocardite
A miocardite é uma inflamação do músculo do coração (miocárdio), geralmente causada por vírus, bactérias, doenças autoimunes ou reações a medicamentos. Essa inflamação pode afetar a capacidade do coração de bombear sangue corretamente e, em alguns casos, pode levar a complicações graves.
Prevalência em atletas de alta performance
Os atletas de alta performance podem estar mais suscetíveis à doença, especialmente porque praticam exercícios intensos que podem comprometer temporariamente o sistema imunológico. Além disso, infecções virais comuns, como gripes e resfriados, podem ser um gatilho para a miocardite, e se o atleta continuar treinando enquanto doente, isso pode aumentar o risco de desenvolver a condição.
Como identificar sintomas
Os sintomas podem variar, mas os mais comuns incluem cansaço excessivo, dor no peito, falta de ar, palpitações (sensação de batimentos cardíacos irregulares ou acelerados) e, em casos mais graves, desmaios ou inchaço nas pernas e nos pés.
Tempo de recuperação
O tempo de afastamento das atividades físicas depende do tipo de cirurgia. Independentemente do procedimento, o retorno ao exercício deve ser gradual e supervisionado por um médico, para evitar riscos ao coração e garantir uma recuperação segura.
Complicações na recuperação
A maioria dos casos leves se resolve completamente com repouso e acompanhamento médico, mas existem riscos de complicações, como arritmias (batimentos cardíacos irregulares), insuficiência cardíaca e, em casos raros, a necessidade de transplante cardíaco. Por isso, é fundamental seguir as recomendações médicas e evitar atividades físicas intensas até a liberação do especialista.